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Mário Soares: tratado não resolve situação da UE

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Ex-presidente da República defende ratificação do Tratado de Lisboa pelo Parlamento

O ex-Presidente da República Mário Soares afirmou esta quarta-feira, na Figueira da Foz, que a situação da União Europeia «está longe de estar resolvida», defendendo a ratificação do Tratado de Lisboa pelo Parlamento, informa a Lusa.

«A situação da União Europeia está longe de estar resolvida. Temos um ano para agora discutir, vamos ver se todos ratificam [o Tratado de Lisboa] e como ratificam» disse Mário Soares durante um debate promovido terça-feira à noite pelo Casino local com o comentador político Pacheco Pereira.

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Soares disse que o Tratado de Lisboa, assinado pelos 27 países da União Europeia durante a presidência portuguesa, «não é nada bom», justificando que é «talvez, o menos simplificado» que existe.

«Recorre a muitos tratados, é complicado, não é nada bom. No entanto, uma vez assinado, desbloqueia a construção europeia, era um desastre se fosse chumbado» argumentou.

Soares defende que o Tratado devia ser simples

Aos jornalistas, no final do debate, Mário Soares disse que o Tratado de Lisboa «devia ser simples e claro e não é».

«É extremamente complexo. Mas, apesar disso, sou pela ratificação no Parlamento», afirmou.

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Caso contrário, disse, se se optasse por uma consulta popular, Portugal «estaria a dar um mau exemplo a outros países, a pôr uma bomba no Tratado».

Acrescentou que a construção europeia esteve «bloqueada» durante dois anos, na sequência do «chumbo» francês e holandês ao Tratado Constitucional, sustentando não defender referendos quando em causa estão tratados europeus.

Recordou, no entanto, que chegou a defender o referendo ao Tratado de Maastricht, enquanto Presidente da República, em 1992 «por não ter havido nenhuma consulta popular expressa sobre a Europa política».

«Enviei uma mensagem à Assembleia da República a pedir o referendo. A verdade é que nem o Governo da altura [presidido pelo actual PR, Cavaco Silva] nem o PS estiveram de acordo. Não tinha o direito de insistir, a ratificação fez-se na AR e bem, com toda a legitimidade», recordou o fundador do Partido Socialista.

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