O secretário-geral do PCP deu início esta quinta-feira ao debate promovido pelas duas moções de censura levadas a cabo pelos comunistas e bloquistas.
Jerónimo de Sousa subiu ao púlpito para arrasar as políticas do Governo «obstinado em promover o sistemático empobrecimento do povo, cortando salários e reformas, aumentando impostos sobre o trabalho e consumo, aumentando os preços, retirando e diminuindo o alcance das prestações sociais no desemprego, doença e na velhice».
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Perante uma sala cheia, o líder comunista apontou o dedo às promessas do PSD e CDS «de não aumentar os impostos», apenas «areia para os olhos do povo», disse Jerónimo de Sousa, aplaudido pela sua bancada parlamentar.
«O país não pode esperar até 2015», clamou Jerónimo de Sousa, que justifica a moção de censura ao Governo que dê «confiança e esperança ao povo» e que combata a «falência implícita no pacto de agressão assinada pelo PSD, CDS e PS».
«O próximo ano será mais duro, dramático e brutal para maioria. Por via do IRS se mantém o roubo de dois salários aos funcionários públicos e um salário aos privados, enquanto os rendimentos de capital são poupados».
Jerónimo de Sousa apelou às «alternativas» e «soluções», como a «rejeição do pacto, renegociação da dívida, prazos e reconsideração da sua parte ilegítima e imediata baixa das taxas de juro».
O líder dos comunistas exige ainda um «governo patriótico e de esquerda», que «aposte na produção nacional, desenvolva o aparelho produtivo, aproveitando os recursos do país, apoiando as PME, promovendo a reindustrialização do país, o combate ao défice e que potencie o mar».
Neste sentido, Jerónimo de Sousa defendeu alternativas a uma situação onde, entende, «não há luz ao fundo do túnel, nem túnel».
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