O Banco de Portugal (BPN) foi dos bancos mais supervisionados desde 2001, disse o governador do Banco de Portugal (BdP), Vítor Constâncio.
Em entrevista à «RTP», Constâncio acrescentou que a instituição «estava bastante presente no BPN» e lembrou que a função da supervisão é mandar corrigir».
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Sobre as declarações de Dias Loureiro, o governador do BdP disse que o ex-administrador do BPN, na reunião que teve com António Marta, não denunciou nada de concreto quanto às irregularidades cometidas pelo banco.
«Confio absolutamente na palavra de António Marta, que é uma pessoa integra. Lidei com ele muitos anos», acrescentou.
Constâncio reagiu ainda às declarações de Dias Loureiro que, na sexta-feira também à «RTP», admitiu que no seio do BPN não havia reuniões: «Não é aceitável em termos de uma governação correcta de uma instituição», disse.
O governador sustentou igualmente que, caso não houvesse crise financeira, o BPN poderia continuar a ter rentabilidade enquanto banco, mas estaria sempre a ser analisado em função das irregularidades entretanto detectadas.
«Nada salvaria os investidores e os accionistas» das consequências das fraudes que foram feitas, sublinhou Constâncio.
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