A oposição parlamentar foi unânime nas dúvidas acerca da eficácia da verificação da Autoridade da Concorrência (AdC) sobre o sector dos combustíveis, defendendo regulação específica e transparente na formação de preços e a separação entre actividades no sector.
A oposição ao Governo à esquerda e à direita apoiou em declarações à agência «Lusa» as conclusões do estudo que o Automóvel Clube de Portugal (ACP) divulgou e onde defende a necessidade de «intervenções fracturantes» para o sector e sugere a separação da produção e importação, da armazenagem, do transporte e da distribuição, para aumentar a concorrência.
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«Há um problema: devia haver uma regulação com a função específica de preparar todos os mecanismos de formação de preços, como existe por exemplo no mercado da electricidade», defendeu o deputado social-democrata Hugo Velosa.
O deputado do PSD considerou que «há ainda muita coisa por explicar» e que as medidas da AdC têm sido insuficientes, salientando que «é fundamental saber como é que se forma efectivamente o preço para o consumidor final».
O ACP divulga esta segunda-feira um estudo sobre combustíveis, na véspera da audição do presidente da Autoridade da Concorrência, Manuel Sebastião, chamado à Assembleia da República pela segunda vez para esclarecer questões relacionadas com este mercado.
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