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Entrar no mercado de electricidade custa 40 milhões à Endesa e Sonae

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A Endesa e a Sonae, que têm uma parceria através da Sodesa, têm pensado um investimento de 40 milhões de euros caso decidam que existem condições para avançar para o mercado liberalizado de electricidade.

Quem o disse foi o presidente da Endesa Portugal, Nuno Ribeiro da Silva, em entrevista à «Agência Financeira», sublinhando que neste momento a empresa está concentrada no «investimento e desenvolvimento» de projectos em Portugal e que quer ser um operador eléctrico relevante no nosso País.

Qual é o peso que Portugal vai ter nos objectivos globais da Endesa para 2009?

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Portugal tem um peso reduzido neste objectivo em particular porque, obviamente, não tem termo de comparação com a expressão da Endesa em Espanha e, por outro lado, em todos os activos que a Endesa está envolvida em Portugal, está-se numa fase de investimento e desenvolvimento. Aquilo que está mais maduro são os grupos de carvão da Tejo Energia. Estamos numa fase de esforço de investimento muito grande, seja nos ciclos combinado que recebemos licença para dois grupos no Pego. Os outros investimentos passam pela melhoria de performance ambiental dos grupos a carvão, as pequenas co-geraçoes e renováveis com a Finerge, ainda o consórcio eólico com a EDP.

Na comercialização da electricidade, pela Sodesa, estamos também numa fase com o nosso parceiro de avaliar uma possível entrada no mercado de baixa tensão normal (BTN). Temos dúvidas que as condições não estão reunidas para haver uma concorrência animada e justa neste segmento. Mas, se viermos a confirmar o interesse que temos neste mercado, levará a ter de fazer também um investimento na ordem dos 40 milhões de euros, a ser repartido com a Sonae.

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Há aí ainda outros projectos. Estamos essencialmente numa fase de investir e de criar um posicionamento em activos que nos dê um lastro para nos tornarmos de facto um operador eléctrico relevante em Portugal.

Em 2005, o volume de negócios foi de 300 milhões de euros. Qual é o calculado em 2006?

Com a entrada de novos parques eólicos e de algumas pequenas co-gerações esse valor vai aumentar em cerca de 70 milhões. Naturalmente, que os grandes saltos qualitativos vão ser em 2008, também ainda decorrente da entrada de grandes parques eólicos, e também continuará em 2009.

Os investimentos projectados continuam nos mil milhões?

Esse valor que foi tomado como referência é um valor que estimamos necessário se as coisas correrem normalmente. Nunca me foi dito que era um tecto. O que significa que, se tivermos oportunidades de investir em coisas que obviamente façam sentido, o faremos. Na altura, não se imaginava o concurso do Alqueva, o acelerar de um processo de pedidos de licenças para novas centrais de ciclo combinado ou a construção de uma nova central a carvão limpo.

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E o objectivo de 1.300 MW de capacidade de potência instalada em Portugal até 2009 mantém-se?

Sim, embora com a recente confirmação das licenças à Tejo Energia no Pego, tenhamos ficado com uma potência instalada algo superior a 1.300 MegaWatts (MW).

A energia eólica vai continuar a ser a maior aposta entre as renováveis?

Sim, a não ser que o Governo abra também o quadro das grandes centrais hídricas, nomeadamente o Alqueva.

Veja a entrevista completa em artigos relacionados

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