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BES aumenta capital em mil milhões de euros

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O Banco Espírito Santo (BES) acaba de anunciar um aumento de capital em 1.000 milhões de euros, em conferência de imprensa.

O banco liderado por Ricardo Salgado justifica o aumento de capital, com a necessidade de reforçar a posição em Portugal e, também, crescer internacionalmente.

A operação, aprovada em conselho de administração, visa a emissão de 200 milhões de novas acções, incluindo 50 milhões de novas acções por incorporação de reservas, tendo por objectivo o reforço do posicionamento competitivo em Portugal, onde o banco «pretende passar de uma quota de mercado de 18% para 20%», bem como o crescimento da actividade internacional do grupo BES, nomeadamente em Espanha e em Angola, adiantou Ricardo Salgado.

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Em Espanha, o banco prevê a abertura de centros de empresas em Madrid, Barcelona, Valência, Sevilha e Vigo, e em Angola pretende crescer a sua rede para 20 agências ainda este ano, para em 2009 atingir as 50.

Quanto ao encaixe que a instituição espera com a operação, o responsável adiantou ainda não ter os números, já que o espaço de tempo entre o anúncio da operação e a assembleia-geral de accionistas (30 de Março) dificulta esse mesmo cálculo. No entanto, Ricardo Salgado mostrou-se confiante na operação já que «para além do Credit Agricole e do Grupo BES, os accionistas têm ido sempre aos aumentos de capital do banco, pelo que as perspectivas são positivas».

Compra de 50% da Tranquilidade Vida

O banco liderado por Ricardo Salgado aprovou ainda a aquisição de 50% da Tranquilidade-Vida por 450 milhões de euros, enquanto o Crédit Agricole (CA) irá adquirir os restantes 50% do capital, ficando com o controle da gestão da empresa.

Numa outra operação, o banco francês adquire 50% do capital social da Espírito Santo Companhia de Seguros, cuja gestão também controlará, sendo os restantes 50% detidos, em partes iguais, pelo BES e pela Companhia de Seguros Tranquilidade.

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Esta operação, resultará «numa simplificação efectiva» da estrutura do grupo, um ponto em que «os analistas se têm mostrado relutantes no grupo, mas acrescento que não fomos em nada pressionados pelas autoridades», como havia sido recentemente anunciado na comunicação social, adiantou Ricardo Salgado.

O responsável adiantou ainda que os 6,5% que a Tranquilidade Vida detinha no BES iriam ser colocados no mercado «de modo a aumentar o free-float do banco», sendo que destes o «CA se mostrou disponível a ficar com 2%», adiantou. A operação será feita no dia do aumento de capital, sendo que no que toca à operação seguradora será ainda precisa a autorização do Instituto e Seguros de Portugal, do Banco de Portugal e do ministério das Finanças.

Esta operação resulta ainda na automatização da Tranqulidade, um activo que «não é para alienar porque tem uma contribuição muito importante para o BES e para a rede Assurfinance, através da venda de produtos do banco no seu canal de distribuição», acrescentou.

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Crédit Agricole investe até 400 milhões de euros

Já o banco francês, segundo Jean-Frédéric de Leusse, director de Desenvolvimento Internacional da CA, fez um «investimento, com o aumento de capital incluído e a nova organização, entre os 350 e os 400 milhões de euros» intervalo esses justificado por ainda se desconhecer o valor a que as acções serão colocada no aumento e capital.

Frédéric de Leusse mostrou-se ainda realçou ainda o seu apreço por fazer este investimento na economia portuguesa, salientando que após a operação a instituição francesa passará a deter 10,8% do capital do BES.

Com esta nova estrutura, Ricardo Salgado adiantou ainda que «a posição do BES é muito forte, menos do que no passado, mas relevante de mais para alguém se poder adiantar num take-over hóstil».

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