Ainda que não queira direccionar este alerta para a OPA do BCP sobre o BPI, o mesmo responsável não esconde que no mercado português, à semelhança de outros, já existe uma concentração de bancos elevada e diz mesmo que já existem estudos internacionais que confirmam esta situação.
«É preciso olhar com cuidado para fusões dos grandes bancos», alertou Abel Mateus, que se encontrava, esta quarta-feira, na Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças.
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A concorrência considerou também que o elevado nível de concentração é uma justificação para o nível das margens da banca portuguesa. «Há uma correlação entre as margens e o grau de concentração» dos bancos.
Para Abel Mateus existem várias áreas problemáticas que contribuem para esta concentração, nomeadamente nos serviços prestados às famílias e PME¿s (com os 5 maiores a dominarem), no sistema de pagamentos ou, por exemplo, no sector segurador.
Portugal é, em termos de grau de concorrência, só ultrapassado pela Bélgica, Holanda e Finlândia. No entanto, o responsável diz que estes têm uma elevada exposição internacional e, por isso, a concorrência é bem maior.
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