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Taxa de poupança chinesa superior a 40% do PIB

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O presidente do Banco Popular da China (banco central) manifestou-se preocupado com a actual taxa de poupança chinesa, a qual, acima dos 40 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), é demasiado alta, refere hoje a imprensa oficial.

Zhou Xiaochuan disse que uma taxa de poupança tão alta foge aos padrões das outras grandes economias mundiais e que a China «deverá ser cautelosa e ter atenção a este problema», refere o jornal oficial chinês Beijing Youth Daily, que relata a intervenção de Zhou na Assembleia Nacional Popular (ANP), o parlamento do país.

O PIB chinês foi em 2005 de 13,65 triliões de reminbi (1,41 triliões de euros).

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O cálculo da taxa de poupança, segundo presidente do banco central, inclui os aforros particulares, os das empresas e do estado, tendo Zhou aconselhado os investidores a diversificarem as suas aplicações financeiras entre depósitos , seguros, acções e títulos de tesouro.

Esta é primeira vez que o presidente do Banco Central da China dá conse lhos sobre investimento ao mercado, demonstrando que a quarta sessão do 10º cong resso da ANP (que teve início no domingo e dura até 14 de Março) aponta em direcção à maior liberalização e menor dirigismo da economia.

A ANP, uma assembleia com um papel sobretudo cerimonial, é composta 2.9 27 delegados, escolhidos pelas forças armadas e pelas assembleias de província.

As principais causas da elevada taxa de poupança chinesa são as despesa s em Saúde e Educação, uma vez que a quase totalidade das escolas chinesas são pagas e que 80 por cento da população não tem qualquer forma de protecção na doença.

Durante a actual sessão da ANP, o governo anunciou medidas para libertar recursos para o consumo, tendo como objectivo tornar o consumo interno num dos motores do desenvolvimento económico.

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Para o fazer, o primeiro-ministro Wen Jiabao anunciou que vai gastar 21 8,2 mil milhões de reminbi para retirar a China da lista de cerca de 30 países onde o ensino básico é pago e tornar, até ao final de 2007, a escolaridade obriga tória e gratuita durante nove anos nas regiões rurais.

Cerca de metade da população chinesa, 650 milhões de pessoas, tem de pa gar do próprio bolso todos os tratamentos de Saúde e medicamentos, com as despes as em Saúde a atingir mais de 25 por cento dos rendimentos individuais, refere um estudo do governo chinês publicado no ano passado.

Wen anunciou ainda um programa de investimentos na área da Saúde, desti nando 4,2 mil milhões de reminbi para um programa de segurança social e 20 mil m ilhões de reminbi para o restauro de hospitais e equipamentos de Saúde nas zonas rurais.

Em 2005, a China gastou 5,5 por cento do PIB em Saúde.

Estatísticas da Organização Mundial de Saúde referentes a 2002 revelam, em relação à despesa pública em Saúde por habitante, que a China está em 131º l ugar numa lista de 191 países, mas está em 15º no que toca à despesa individual.

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