O jornal diz ainda que considera «perversa» a decisão tomada pela Autoridade da Concorrência (AdC) de obrigar a empresa resultante da fusão entre a Sonaecom e a PT a facilitar a entrada de um novo operador móvel no mercado português.
«Os accionistas devem estar satisfeitos com a criação de um monopolista regulado de forma inadequada, numa indústria de capital intensivo e com altas barreiras à entrada», acrescenta o jornal.
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A empresa relutante da OPA teria uma dívida líquida equivalente a seis vezes o EBITDA de 2006 ou 80% do valor da empresa. «A Sonaecom garantiu o financiamento para a operação, e alavancar uma empresa monopolista ao ponto em que uma queda nos lucros seria catastrófica, tem a vantagem de deixar o regulador impotente», diz o «FT».
A Soanecom vai provavelmente tentar vender alguns dos activos estrangeiros da PT para ajudar ao seu refinanciamento, uma probabilidade que, para o «FT», pode justificar a entrada do empresário mexicano, Carlos Slim, no capital da operadora. Carlos Slim controla uma rival da PT no Brasil e, segundo o jornal, pode cobiçar os 50% que a PT tem na Vivo, o maior operador do Brasil, detido em conjunto com a Telefónica.
O jornal conclui dizendo que «tal negócio implicaria que o regulador brasileiro não tivesse qualquer papel, mas, a julgar pelo exemplo português, tudo é possível».
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