A operadora de telecomunicações móveis recebeu esta quinta-feira o projecto (onde se encontram os fundamentos pormenorizados das condições e obrigações impostas) e após uma primeira análise refere que a AdC omite um conjunto de informação muito relevante para o processo.
Em comunicado, a empresa liderada por António Carrapatoso considera que a informação ocultada terá sido, provavelmente, «considerada confidencial e retirada do projecto de decisão enviado á Vodafone Portugal».
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A operadora móvel acrescenta que «a informação é, no nosso entender, fundamental para a análise do processo, pelo que vamos requerer junto da Autoridade da Concorrência a sua disponibilização imediata».
Fusão TMN/Optimus coloca obstáculos à concorrência do mercado
A Vodafone Portugal reafirma que o reforço da posição fortemente dominante resultante da fusão TMN/Optimus colocará «obstáculos significativos à concorrência no mercado de comunicações móveis, comprometendo seriamente os seus níveis de qualidade e crescimento, com inegável prejuízo para os consumidores»
O mesmo comunicado acrescenta que «não faz sentido introduzir uma regulamentação rígida e artificial no sector móvel como justificação para a criação, neste importante sector, de uma posição fortemente dominante».
A Vodafone também não compreende que o «aumento da concorrência no mercado das comunicações fixas, decorrente da separação das redes de cobre e de cabo, seja utilizado, numa lógica de compensação, para a criação de entraves significativos à concorrência no sector móvel. Acresce que a actual dinâmica concorrencial de aumento de concorrência no mercado fixo poderia ser ainda mais estimulada de formas alternativas, sem prejudicar a capacidade competitiva no mercado móvel».
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