As respostas eram ainda piores no inquérito de 2007 mas, segundo as mil maiores empresas nacionais, 72 por cento delas continuam a considerar o sistema fiscal complexo e ineficaz.
De acordo com o Observatório da Competitividade Fiscal da Deloitte, divulgado esta quinta-feira, as empresas nacionais são da opinião de que a área dos «incentivos fiscais ao investimento» é a mais relevante para captar e manter o investimento, seguida pelos «incentivos financeiros ao investimento».
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Quanto aos principais obstáculos ao investimento na opinião das empresas inquiridas, os inquiridos sublinham a «carga fiscal sobre as empresas», seguida dos «custos de contexto e burocracia em geral».
Cerca de 22% das empresas consideram que a «carga burocrática em geral» melhorou, por oposição a cerca de 13%, que respondem que piorou. Dentro da «carga burocrática fiscal» regista-se uma melhoria para perto de 24%, contra cerca de 16% que respondem que «piorou».
Mas há melhores notícias, o observatório conclui que as mil maiores empresas nacionais consideram que o funcionamento dos serviços fiscais online melhorou a já alta avaliação do passado.
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Da avaliação efectuada, os «serviços fiscais» na Internet foram os que mais evoluíram positivamente em relação a 2007 (77%), seguidos pela «administração fiscal» (49%), pelos «serviços de finanças» (45%) e pelos «serviços de inspecção» (38%).
«Os resultados apontam também para uma avaliação positiva da inspecção, com mais de um terço das empresas a considerar que houve uma subida na qualidade», diz a Deloitte.
Os pontos positivos do mercado nacional
Relativamente às vantagens comparativas da economia portuguesa, «acesso ao mercado europeu», «situação geográfica» e «clima» são apontadas como as maiores vantagens comparativas para as empresas nacionais.
Já a «taxa genérica de IRC» aparece como a quinta maior vantagem comparativa e os «incentivos fiscais e financeiros» como a sexta.
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