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Excedentários ganhavam em média mil euros

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Os quase 900 funcionários do Ministério da Agricultura que desde Maio foram colocados em situação mobilidade especial ganhavam, em média, cerca de 1000 euros.

Segundo as contas do «Diário de Notícias» baseadas nos despachos publicados em Diário da República, o conjunto de funcionários que foram dispensados dos respectivos serviços tinha um vencimento médio de 942 euros. Se a este valor for adicionado o subsídio de almoço, que é de 4,03 euros por dia (admitindo uma média de 22 dias por mês), o salário médio passa para 1030 euros.

Embora o vencimento base médio de 942 euros dos funcionários que passaram a uma situação de inactividade se encontre acima da média do sector privado (de 793 euros segundo o Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério do Trabalho), este é bastante inferior face ao salário médio pago aos funcionários e agentes da função pública (com regime de nomeação definitiva).

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Basta notar que enquanto dois terços dos funcionários excedentários ganham menos de 1000 euros, esta proporção cai para menos de metade no universo de funcionários públicos em regime de nomeação (30%) - vínculo da esmagadora maioria dos dispensados. No extremo oposto, verifica-se que só 4% dos colocados em mobilidade ganhavam mais de 2000 euros, enquanto no universo de funcionários públicos esta percentagem dispara para 26%. Estes cálculos permitem concluir que os funcionários dispensados desde Maio são tendencialmente menos qualificados, ganhando menos do que a média.

Corte de 24% do salário

Os cerca de 900 funcionários do Ministério da Agricultura que viram a sua condição de «excedentários» confirmada em Diário da República já perderam quase todos um quarto do seu salário. A lei determina que, ao fim de dois meses em situação de mobilidade especial, os trabalhadores perdem um sexto do seu salário.

Mas, antes disso, logo que são dispensados, os funcionários perdem também o subsídio de almoço (4,03 euros por dia). Assim, o «excedentário» médio, que aufere mensalmente 1030 euros, fica sem 89 euros logo no primeiro mês e mais 157 euros a partir do terceiro mês em mobilidade especial. Feitas as contas, são menos 246 euros por mês.

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