Para o secretário-geral da Associação das Empresas Petrolíferas (Apetro), José Horta, o Automóvel Clube de Portugal terá de apresentar à Autoridade da Concorrência (AdC) as provas de que existem concertação de preços entre as petrolíferas, referiu o responsável à Agência Financeira.
«O estudo agora apresentado vem revisitar alguns assuntos mais importantes e que foram abordados anteriormente pela Autoridade da Concorrência. O ACP vem levantar novas dúvidas em relação à cartelização de preços e se tem algumas provas ou elementos novos terá de os entregar à Concorrência», salientou.
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Recorde-se que, esta segunda-feira, o ACP revelou que há a existência de um conjunto de indicadores que apontam para um mercado de combustíveis que funciona em forma concertada.
Quanto ao pedido de intervenção da Comissão Europeia, José Horta relembra as últimas declarações do Comissário Europeu de Energia, que referiu a necessidade de acompanhar os preços dos combustíveis, sem adiantar mercados.
«Não é nada de novo» referiu à AF.
Apetro sem informação privilegiada
O ACP pediu ainda à Concorrência para investigar a actividade da Apetro e da Anarec, o tipo de informação que recolhem e divulgam aos seus associados, as formas de cooperação que proporcionam e o papel que têm desempenhado na defesa dos seus interesses.
Uma exigência que não agradou a José Horta, ao afirmar que a «Apetro não tem informação privilegiada e que todas as informações que detém são de interesse público».
Informações contraditórias
Já em relação à acusação de posição dominante por parte da Galp Energia no mercado nacional, José Horta diz tratar-se de uma informação contraditória em relação à análise feita pela AdC.
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«A Concorrência disse exactamente o contrário, ao revelar não ter encontrado indícios que tal prática ocorresse», salientou à AF.
Quanto à audiência do presidente da AdC, Manuel Sebastião, marcada para esta terça-feira, o secretário-geral da Apetro revela «não esperar novidades».
«Foi divulgado há cerca de seis dias a newsletter da Concorrência sobre este mercado, quanto muito irá amanhã actualizar alguns dos dados. Não acredito que irão ser abordadas questões de fundo ou com outra interpretação em relação à última audiência parlamentar», conclui.
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