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Paraísos fiscais : OCDE lamenta decisão da Suíça

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Organização divulga carta onde justifica porque colocou país na lista cinzenta

A Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Económico (OCDE) lamentou quinta-feira a decisão da Suíça de congelar fundos que lhe eram destinados e divulgou uma carta onde justifica porque colocou este país numa lista cinzenta de paraísos fiscais.

De acordo com a Lusa, o secretário-geral da OCDE, Angel Gurria, lamenta que «o governo suíço tenha decidido não aprovar uma linha orçamental destinada à cooperação entre o G20 e a OCDE, numa altura em que o mundo precisa de uma maior cooperação e de uma maior coordenação para enfrentar a pior crise das últimas décadas», assinala o comunicado.

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A Suíça anunciou quarta-feira que «usou o seu direito de veto» para bloquear uma verba de 136.000 euros destinada à OCDE, em sinal de «protesto» por ter sido colocada na lista "cinzenta" dos Estados que aceitaram trocar informações fiscais sem todavia proceder a reformas «substanciais».

A OCDE divulgou quinta-feira uma carta datada de 02 de Janeiro e dirigida ao embaixador da Suíça junto da OCDE, na qual Gurria responde às acusações deste país de que a OCDE não terá sido justa a seu respeito.

Gurria lembra as tentativas para convencer a Suíça a alinhar com os padrões da OCDE em matéria financeira, sublinhando que «a Suíça ainda não assinou qualquer acordo sobre troca de informações fiscais que esteja conforme às regras da OCDE».

Suíca bloqueia fundos

Sob a pressão da comunidade internacional, a Suíça acabou por atenuar o seu segredo bancário em conformidade com os padrões da OCDE, mas isso não impediu que constasse dessa lista cinzenta preparada pela OCDE por ocasião da cimeira do G20, realizada a 02 de Abril, em Londres.

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Como membro da OCDE, a Suíça queixa-se de não ter sido consultada previamente pela organização sobre a elaboração da lista.

«A soma é relativamente modesta, mas trata-se de um gesto simbólico forte, de um protesto», sublinhou a porta-voz.

Lista negra vazia?

A Áustria, a Bélgica e o Luxemburgo, igualmente colocadas na lista, apoiaram a diligência da Suíça, acrescentou.

O Parlamento suíço convidou o secretário-geral da OCDE, Angel Gurria, a deslocar-se a Berna para dar explicações sobre as novas listas de paraísos fiscais.

O presidente da Confederação e ministro das Finanças, Hans-Rudolf Merz, deplorou «o procedimento» e «os critérios» que serviram para estabelecer a lista, e negou que a Suíça seja um paraíso fiscal.

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