Mais um passo para o projecto de alta velocidade. Os consórcios liderados pela Brisa e oela Mota-Engil vão entregar esta segunda-feira a proposta final para o troço ferroviário entre Poceirão- Caia.
Este trajecto é o primeiro a avançar e deverá exigir um investimento de 1,4 mil milhões de euros. O projecto deverá ser desenvolvido em parceria publico-privada, combinando o esforço público com o financiamento privado.
PUB
É de referir que a alta velocidade tem sido alvo de fortes criticas, não só por parte dos partidos dos partidos de oposição, como também dos próprios empresários.
O presidente da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) disse, em entrevista à Agência Financeira, que «não se deve investir milhões de euros em obras de utilidade duvidosa».
De acordo com o responsável, as obras públicas deverão ser dimensionadas para aquilo que são as posses do Estado. Não compro um carro senão tiver hipóteses de o fazer. Como tal, não devo investir milhões em uma obra de necessidade e utilidade duvidosa apenas para injectar dinheiro na economia. Há outras maneiras de o fazer», salienta.
Já o economista Álvaro Santos Pereira, autor do livro «O Medo do Insucesso Nacional», vai mais longe e diz que o «TGV TGV é o maior erro dos últimos 50 anos», referiu à AF.
O mesmo responsável diz que esta opção fará com que os portugueses tenham de pagar mais impostos e poderá pôr as nossas finanças públicas numa situação ainda mais delicada do que a actual.
PUB
Com ou sem crise, projecto avança
Também o presidente da Confederação da Indústria Portuguesa, Francisco Van Zeller, defendeu o adiamento da ligação Lisboa-Porto em TGV por 10 anos, devido a grave
crise que se vive.
Apesar de tudo, o Governo tem-se mostrado intransigente em relação a este projecto. Com ou sem crise, o ministro das Obras Públicas promete avançar com o mesmo e garante que vai respeitar os prazos.
«Temos consciência que o País e o resto do mundo atravessam uma crise. Isso faz-nos estar atentos mas o Governo não tem nenhuma razão que o leve a desistir dos projectos», afirmou Mário Lino face a tantas críticas.
PUB