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Tudo o que Carolina denunciou

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«Vingança sórdida» ou «acto de coragem». Adjectivos à parte, conheça todas as denúncias do livro da ex-companheira de Pinto da Costa que podem levar o Ministério Público a agir. Veja ainda os crimes que podem estar em causa

Uma «vingança sórdida» ou um «acto de coragem». Não têm faltado adjectivos para caracterizar o livro «Eu, Carolina» que a ex-companheira de Pinto da Costa publicou recentemente.

Ao longo de 155 páginas são feitas várias acusações e insinuações a diversas figuras, umas mais conhecidas do que outras. Certo é que até o Procurador Geral da República, Pinto Monteiro, e a coordenadora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), Cândida Almeida, estão a ler a obra de que se fala, em busca de eventuais indícios de crime.

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O PortugalDiário também a leu e procurou o apoio de vários juristas a fim de perceber que passagens do livro podem motivar investigações ou a reabertura de inquéritos arquivados. Saiba, ainda, os crimes que podem estar em causa.

«Através de um médico amigo, tinha conseguido um atestado no qual passava de agressor a agredido». A frase reporta-se a uma alegada agressão de Pinto da Costa à ex-mulher, Filomena. Carolina Salgado refere que o presidente do FCP conseguiu que um médico amigo atestasse que ele sofrera agressões.

A conduta em causa pode configurar um crime de atestado falso.

O caso da camisola que Mourinho rasgou ao jogador do Sporting, Rui Jorge:

«O Jorge Nuno pediu ao major que, como presidente da Liga, intercedesse, usasse das suas influências, de modo a que o Mourinho não fosse penalizado ou mesmo suspenso». «Como que a pagar a dívida de gratidão que tinha para com o Jorge Nuno, devido ao empenho do presidente do FCP na sua última vitória eleitoral na Liga de Clubes, Valentim Loureiro acedeu ao pedido do Jorge e o Mourinho não foi punido».

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A situação poderia configurar crimes de tráfico de influência, mas este ilícito não está previsto na legislação que pune a corrupção no fenómeno desportivo. Por outro lado, referem os juristas ouvidos, não há promessa ou aceitação de vantagem patrimonial ou não patrimonial, daí que também seja difícil provar aqui eventuais crimes de corrupção.

Conversa telefónica entre Pinto da Costa e o empresário António Araújo na véspera do jogo do FCP com o Estrela da Amadora.«Nela, o presidente do FCP e o senhor António Araújo, empresário, terão mencionado um envio de «fruta» ao árbitro do jogo, Jacinto Paixão, sendo que «fruta», na interpretação policial, significava «prostitutas». Carolina acrescenta a título pessoal que «o Araújo funcionava como uma ponte entre o Jorge Nuno, o Reinaldo e os árbitros, disponibilizando-lhes simpatias, tais como raparigas e outros bens, a que, em código, davam o nome de «fruta» e de «café com leite».

Neste caso está em causa crimes de corrupção a troco de favores sexuais. O caso terá sido arquivado por falta de provas. O depoimento de Carolina pode ajudar a reabrir o processo, dependendo da credibilidade e dos elementos de prova que acrescentar.

Leia a continuação deste artigo: «Ficou óbvio que o telefone estava sob escuta»

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