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Coimbra: operação inovadora ao útero

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Paciente submeteu-se a intervenção pouco conhecida e «está a evoluir bem»

A paciente que se submeteu esta semana em Coimbra a uma intervenção cirúrgica inovadora ao cancro do colo do útero, sem impedir a capacidade reprodutiva, está a evoluir «muito bem», revelou o cirurgião esta quinta-feira, escreve a Lusa.

Daniel Silva, director do Serviço de Ginecologia do Centro Regional de Coimbra do Instituto Português de Oncologia (IPO), que operou a paciente com 28 anos, adiantou à agência Lusa que o primeiro ano após a intervenção «é decisivo para ver se a doença está erradicada», o que exige «uma vigilância apertada».

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Terça-feira, uma mulher, que ainda não tinha filhos, aceitou submeter-se a uma intervenção cirúrgica pioneira em Portugal, e sobre a qual ainda não há muitos estudos de casos internacionalmente, que consistiu na remoção de apenas uma pequena parte do útero, mantendo os ovários, e assim conservando a capacidade reprodutiva.

Cirurgia radical é a técnica mais comum

Nestes casos de doença a técnica normalmente utilizada é da cirurgia radical, com a remoção integral do útero e tecidos envolventes, para travar a evolução do carcinoma.

«Esta técnica é de aplicar, sempre que as doentes queiram partilhar os riscos de uma cirurgia inovadora», referiu à agência Lusa o médico, acrescentando que também só é possível em certos casos clínicos, como o desta jovem, com um carcinoma invasivo que não estava muito avançado.

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Segundo Daniel Silva, a paciente expressou uma «forte vontade» de partilhar os riscos de uma cirurgia que «ainda não está perfeitamente consagrada», em resultado de uma técnica criada pelo cirurgião francês Daniel Dargent, de Lion, em meados dos anos 90.

Esta técnica consiste em remover passo-a-passo os tecidos, que de imediato são analisados e a cirurgia avança à medida que se obtêm os resultados e, «se não houver margem de segurança, com tudo a dar negativo, faz-se uma remoção total», explicou.

Técnica também aplicada no cancro da mama

Daniel Silva adiantou que também no tratamento do cancro da mama se partia para a remoção total, para a cirurgia radical, e que as pressões das próprias paciente levou a que se procurasse fazer uma remoção apenas parcial dos tecidos, e os resultados foram idênticos.

«Quando se inova correm-se riscos, mas pode estar-se a dar um passo importante», concluiu.

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