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Consumo de droga apenas diminuiu na Madeira

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A substância ilícita mais consumida em Portugal é a cannabis

A Madeira é a única região do país onde se registou um decréscimo de consumo de todas as substâncias ilícitas, revela um estudo nacional que compara dados entre 2001 e 2007 hoje divulgado no Funchal, noticia a agência Lusa.

As conclusões de um inquérito nacional ao consumo de substâncias psicoactivas na população portuguesa, efectuado entre Março e Outubro de 2007, sob a responsabilidade de Casimiro Balsa, foram apresentadas hoje na capital madeirense. Foi também apresentado um estudo sobre o consumo de drogas entre a população escolar, realizado pelo Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT), efectuado junto de quatro mil alunos do terceiro ciclo e ensino secundário do arquipélago.

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A primeira amostra foi feita com base em inquéritos a residentes no continente e nas ilhas, com idades entre os 15 e os 64 anos, à qual responderam 15 mil indivíduos, entre os quais 811 no arquipélago madeirense, e concluiu que, em Portugal, os homens consomem mais do que as mulheres e que, em termos de faixa etária, é entre os 25 e os 34 anos que há maior concentração de consumidores.

Níveis elevados de consumo de heroína

Casimiro Balsa salientou ainda que Portugal é dos países da Europa onde existem «os níveis mais elevados de consumo de heroína».

Na avaliação do consumo por regiões, a investigação aponta para o facto de ser em Lisboa e Algarve que existem o maior número de pessoas que admite uma experiência de consumo de droga, sendo abaixo dos 10 por cento nos Açores e de 5,2 por cento na Madeira.

A cannabis é a substância mais consumida, variando entre os 16 por cento no Algarve e 4,9 por cento nos Açores, enquanto o consumo da cocaína varia entre os 3,3 por cento (Lisboa) e 0,7 por cento na Madeira.

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«Comparando as situações registadas em 2001 e 2007, verificamos que entre 2001 e 2007, apenas a região da Madeira teve decréscimo de consumos ao longo da vida para todas as substâncias, facto que ocorre também nas prevalências nos últimos ano e mês», refere o estudo.

Francisco Balsa afirmou que «a Madeira aparece no fim, com uma prevalência de 5.2, situação que se vai apresentar para qualquer substância e qualquer dos indicadores (ao longo da vida, último ano, último mês)».

Decréscimo na experimentação na Madeira

Um outro estudo realizado na população estudante dos terceiro ciclo e ensino secundário, coordenado por Fernanda Feijão, foi também apresentado hoje no Funchal.

Este trabalho também foi considerado uma «boa notícia» porque no capítulo da dimensão dos consumos aponta para o decréscimo das percentagens de experimentação de drogas e descida nas taxas de tabaco e álcool entre os estudantes madeirenses.

«Decresceram nas substâncias lícitas, o mais preocupante neste questionário, no tocante ao tabaco, estabilizaram as percentagens de experimentação no 3º ciclo e secundário, mas aumentaram as percentagens dos alunos que consumiram bebidas alcoólicas no período dos últimos 30 dias», referiu Fernanda Feijão.

Por seu turno, João Goulão, presidente do Instituto de Droga e Toxicodependência, salientou que o «significativo decréscimo dos consumos indiciam também a relação causa-efeito entre algumas actividades, nomeadamente, de prevenção nesta diminuição dos números».

O secretário regional dos Assuntos Sociais madeirense, Francisco Jardim Ramos, declarou que este estudo mostra que «valeu a pena a estratégia da Madeira em apostar na prevenção, que será uma trave mestra do trabalho de combate à toxicodependência».

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