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Casamentos de Santo António sem casais homossexuais

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António Costa diz que foi um «erro de interpretação» e que «não faz o menor sentido»

O presidente da autarquia de Lisboa voltou a negar a intenção da autarquia de permitir matrimónios homossexuais nas celebrações dos tradicionais casamentos de Santo António, apontando um «erro de interpretação» aos serviços camarários que admitiram essa hipótese.

«Nunca nos passou pela cabeça, não faz o menor sentido. Estamos a falar de uma iniciativa da Câmara, mas que se realiza sob o patrocínio de um santo da Igreja Católica. Devemos também respeitar os sentimentos religiosos», afirmou aos jornalistas António Costa, à porta da Sé de Lisboa.

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O autarca alegou que houve «erro de interpretação dos serviços» camarários quando consideraram que poderia haver matrimónios homossexuais nos casamentos de Santo António.

Um dia após o Diário de Notícias noticiar que a Igreja abandonava os casamentos de Santo António, António Costa emitiu um comunicado em que afirmava «corrigir a informação prestada anteriormente pelos serviços» camarários, que dava conta que casais homossexuais podiam concorrer aos cinco lugares que a autarquia disponibiliza para cerimónias de carácter civil.

O presidente da autarquia lembrou que o actual figurino dos casamentos de Santo António, que se realizam habitualmente a 12 de Junho, remonta a 1997, altura em que era líder do município João Soares.

Desde esse ano que a iniciativa prevê casamentos católicos, civis e de outras confissões religiosas, salientou António Costa, ressalvando que respeita «outras formas de constituição de família», numa alusão ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, que aguarda aprovação na especialidade pelo Parlamento e promulgação do Presidente da República para entrar em vigor.

«Temos tido uma atitude não discriminatória, reconhecida pela comunidade gay», frisou António Costa.

Questionado sobre a possibilidade de a autarquia apoiar, com outras iniciativas, casais homossexuais carenciados, à semelhança do que faz com os casais que se candidatam aos casamentos de Santo António, o autarca respondeu: «Porventura iremos ver, vamos ver como termina o processo legislativo».

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