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Serial Killer: caução de 405 mil

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Santa Comba Dão: tribunal aceitou pedido dos familiares das três jovens alegadamente mortas pelo ex-cabo da GNR. Objectivo é acautelar a indemnização aos parentes das vítimas. Mas António Costa não deverá pagar

O Tribunal da Figueira da Foz aplicou uma caução de 405 mil euros ao ex-cabo da GNR de Santa Comba Dão, indiciado pela morte de três jovens residentes na localidade, soube o PortugalDiário junto de fontes ligadas ao processo.

O valor é o resultado da soma dos pedidos de caução económica apresentados pelos familiares das vítimas (375 mil euros) e pelo Ministério Público (30 mil euros) com vista a acautelar um montante para pagar as indemnizações aos familiares das três jovens assassinadas.

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O pedido mereceu a contestação da defesa do ex-cabo António Costa, no entanto o juiz deu provimento aos requerimentos das famílias e do Ministério Público.

A decisão tem cerca de um mês e continua a decorrer o prazo para que o arguido preste a caução, o que de acordo com várias fontes ouvidas, não deverá acontecer dado o valor muito elevado em causa.

A confirmar-se o não cumprimento da caução, os advogados dos familiares das vítimas e o Ministério Público avançarão com uma providência cautelar para arrestar os bens do arguido e assim acautelar as verbas necessárias a uma indemnização.

Acusação para breve

De acordo com fontes judicias ouvidas, a investigação está concluída e deverá ser remetida ao Ministério Público, dentro de dias, para que este formalize a acusação. Os investigadores estiveram, até agora, a aguardar os resultados de alguns exames periciais.

Conforme o PortugalDiário já referira anteriormente, estará afastada a possibilidade de existirem outras vítimas ou de as três jovens terem sido abusadas sexualmente.

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António Costa, cabo da GNR na reserva, é suspeito da morte de três jovens, entre os 16 e os 18 anos. Tem 53 anos e admitiu, durante o primeiro interrogatório na PJ de Coimbra, em finais de Junho, que matou as três raparigas por estrangulamento, tendo inclusive participado na reconstituição dos crimes.

O facto de conhecer as vítimas facilitou a aproximação. Não tinha antecedentes criminais e era até uma pessoa estimada e respeitada na zona. O comportamento enquadrou-se, de acordo com os investigadores, no de um «serial killer» (assassino em série).

A primeira jovem, Isabel Cristina, desapareceu a 24 de Maio do ano passado, tendo o corpo sido encontrado poucos dias depois na Figueira da Foz. A autópsia revelou que a jovem morreu afogada, muito embora já estivesse inconsciente no momento em que foi lançada à água.

A segunda rapariga, Mariana, desapareceu em Outubro do ano passado e o corpo foi encontrado desmembrado, no início de Junho, na Barragem do Coiço, em Penacova.

A terceira vítima, Joana, desapareceu a 8 de Maio deste ano. O corpo foi encontrado na Barragem da Aguieira, no Rio Mondego, no final de Junho, precisamente no local referido pelo ex-cabo António Costa.

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