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Ministra: «Não me peçam para suspender a avaliação»

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Maria de Lurdes Rodrigues volta a defender o seu modelo em pleno Parlamento

Artigo actualizado às 18h52

A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, voltou a defender o actual modelo de avaliação de professores durante a debate de urgência no Parlamento.

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«Não me peçam que aceite um modelo assente na auto-avaliação, porque é só um modelo disfarçado para não propor. Não posso aceitar a suspensão deste modelo», vincou, aproveitando para citar Bento de Jesus Caraça: «Não tememos o erro porque não temos o medo de o corrigir».

«Escola não pode ficar refém da teimosia do Governo»

E, pegando nesta ideia, admite alterar o modelo, mas só depois da aplicação do actual. «Não me peçam para suspender a avaliação do desempenho, porque significa pelo menos mais um ano para continuar um modelo que ninguém defende. Só o conservadorismo ficaria contente com uma suspensão que não serve as escolas e mérito de professores»

«Dizem que sou intransigente? Não. Sou intransigente num princípio de uma avaliação séria, porque acredito que pode melhorar a escola e é aplicado em muitos países com melhor resultados do que Portugal», abordou, abrindo a porta para o diálogo.

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«Uma vez cumprida a aplicação, estou aberta a alterações e até a outro modelo. Mas para aplicar noutros anos lectivos e não neste. Não podemos acenar com modelos alternativos que não se concretizam em propostas, por isso defendo um trabalho em conjunto, para que o modelo seja avaliado, corrigido, até substituído, mas depois de aplicado».

Uma ideia final durante o discurso. «Contem comigo para melhorar, mas não para me resignar, deixando tudo na mesma, sob uma aparência de mudança», frisou.

Incapaz de compreender a realidade

Luís Fazenda, deputado do Bloco de Esquerda, considerou que o Governo tem sido «incapaz de compreender a realidade» ao insistir num modelo que «toda uma classe rejeita». E lamentou que Maria de Lurdes não tenha, sequer, dito uma palavra sobre «aquela que é a maior greve de sempre na Educação» e que aconteceu ontem, quarta-feira.

Para ministra, nenhum partido da oposição «apresentou qualquer proposta ou modelo válido» no debate. Mas depois de assumir-se disponível para, no próximo ano, substituir o seu modelo foi acusada de «contradição» por todos. Excepto o PS.

No final, foi o ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, a fechar as hostilidades, defendendo que «a avaliação é uma necessidade» e que o compromisso do Governo é «melhorar a escola pública». A encerrar, Luís Fazenda do Bloco de Esquerda considerou que a ministra estava «refém da sua contradição».

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