As condições precárias de trabalho e o desemprego são as razões apontadas pelos profissionais de enfermagem portugueses que se candidataram para trabalhar na Alemanha, através de uma agência especializada no recrutamento na área da saúde.
Em declarações à Lusa, nesta quinta-feira, Sylwia Markiewicz, responsável pela Best Personnel no Porto, afirmou que desde que iniciou funções, em maio de 2009, já contratou para trabalhar no estrangeiro cerca de 350 enfermeiros.
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«A procura tem vindo a crescer de forma muito significativa. Inicialmente eram os recém-licenciados, mas no último ano têm surgido candidaturas de profissionais já com experiência ou a trabalhar, mas em condições que os deixam muito insatisfeitos», explicou a responsável.
Para trabalhar na Alemanha candidataram-se 50 enfermeiros, dos quais 23 foram selecionados para a fase da entrevista, que decorre hoje e sexta-feira.
«Eu decidi candidatar-me para trabalhar na Alemanha porque considero ser um dos países onde se consegue um melhor nível de vida», contou uma das candidatas, que iniciou já um curso para aprender a língua alemã, um dos critérios de seleção.
Segundo um estudo da Ordem dos Enfermeiros sobre a «Situação Profissional dos Jovens Enfermeiros em Portugal - 2011», houve um aumento de profissionais a emigrar, calculando-se que entre os licenciados em 2008, 2009 e 2010 tenham saído do país para trabalhar um total de 873 enfermeiros.
Os países de eleição são Espanha, Inglaterra, Suíça, França e Canadá.
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