A Universidade Moderna ainda não conseguiu provar que tem viabilidade financeira, apresentando «uma dívida e um passivo de tal forma elevado que não se vê como possa ser superado», disse esta terça-feira o ministro do Ensino Superior, Mariano Gago, refere a Lusa.
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) ordenou a 03 de Agosto à Inspecção-Geral e à Direcção-Geral do Ensino Superior a proceder a averiguações urgentes quanto à manutenção dos pressupostos do reconhecimento de interesse público e às condições pedagógicas de funcionamento da Universidade Moderna nos seus três pólos (Lisboa, Setúbal e Beja).
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O declínio da Universidade Moderna
A 28 de Setembro, o ministro Mariano Gago voltou a solicitar à Inspecção-Geral do Ensino Superior averiguações urgentes à Universidade Moderna, desta vez por a instituição estar a aceitar e a cobrar inscrições de novos alunos sem ter autorização para abrir vagas para o primeiro ano.
Estes processos estão ainda a decorrer.
Hoje, o ministro disse que «o problema [na Universidade Moderna] está em vias de resolução» e até lá a instituição vai continuar sem poder receber novos alunos.
«Ficará resolvido nos próximos tempos», disse Mariano Gago, sublinhando que o assunto já estaria resolvido se a Universidade tivesse fornecido dados suficientes sobre a sua verdadeira situação financeira.
«Os elementos disponíveis foram analisados por entidades independentes. Essas informações não são suficientes. As próprias entidades que consultámos disseram-nos que não existe nenhuma prova que permita demonstrar a viabilidade financeira da instituição», disse Mariano Gago.
As informações disponíveis indicam que «a universidade tem uma dívida e um passivo de tal forma elevado que não se vê como possa ser superado», afirmou.
«Não se vê como é que pode haver viabilidade na instituição e nós pedimos diligências complementares», esclareceu.
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