Cerca de 1.200 alunos de todas as escolas secundárias de Almada protestaram esta quarta-feira de manhã em frente à câmara municipal contra o novo Estatuto do Aluno, disse fonte da PSP local, citada pela Lusa.
António Ferrinho, da associação de estudantes da escola secundária Emídio Navarro, disse estar contra o novo Estatuto de Aluno por causa da alteração do regime de faltas, que considera «poder pôr em causa o desempenho escolar dos alunos».
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Carolina Lopes, da escola secundária Cacilhas Tejo, explicou que está contra o novo regime de faltas porque obriga à realização de exames às disciplinas onde o número de ausências é excedido.
«Não faz sentido nenhum, se as pessoas estiverem doentes, terem de fazer testes a todas as disciplinas», afirmou.
Outra das reivindicações dos estudantes durante a manifestação foi a introdução de aulas de educação sexual, a suspensão dos exames nacionais e o fim das aulas de substituição.
Quanto aos exames nacionais, os alunos consideram-nos uma «contradição», por existir uma «lógica de avaliação contínua desde o 10º ano», explicou António Ferrinho.
Relativamente às aulas de substituição, Sofia Santos, da escola secundária Anselmo Andrade, adiantou não fazerem «sentido nenhum», porque «supostamente neste tipo de aulas deveria continuar-se a dar matéria e o que tem acontecido é que alguns professores não têm material para dar a aula», pelo que os alunos acabam por «ficar na sala a jogar às cartas ou a conversar».
Depois da concentração em frente à Câmara de Almada, alguns estudantes rumaram, a meio da manhã, em direcção a Lisboa para engrossar a manifestação em frente ao ministério da Educação, convocada pela Plataforma Estudantil «Directores Não!».
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