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«As razões hoje para fazer greve são muito mais»

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Defendeu Mário Nogueira

O sindicalista Mário Nogueira defendeu hoje que as razões para a greve geral de 22 de março «são muito mais» do que em novembro, quando a CGTP e a UGT realizaram em conjunto uma paralisação nacional.

«Nós até podemos subscrever o mesmo pré-aviso da greve de 24 de novembro e dizer: é este, que hoje a situação ainda é mais grave do que era», afirmou, em Coimbra, o secretário-geral da FENPROF.

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Mário Nogueira intervinha, na qualidade de membro da comissão executiva da CGTP, num plenário distrital de dirigentes, delegados e ativistas sindicais, promovido pela União dos Sindicatos de Coimbra, num hotel da cidade, integrado na Jornada de Luta Europeia, organizada pela Confederação Europeia de Sindicatos (CES).

«As razões hoje para fazer greve são muito mais do que as que nós tivemos em novembro. Nós temos que ir à luta e é por ser mais difícil que os dirigentes e os delegados sindicais têm que assumir mais responsabilidade», disse.

Na sua opinião, «basta passar os olhos no pré-aviso de greve geral do dia 24 de novembro», assinado pela CGTP e pela UGT, para «perceber que aquilo que ambos exigiam eram mudanças profundas no Orçamento do Estado, para uma distribuição equilibrada de sacrifícios».

Ao avançarem em conjunto para a greve geral, as duas centrais assumiram na altura que pretendiam, entre outros objetivos, combater a «desregulação laboral», exigir o «respeito pelos direitos dos trabalhadores» e defender o «estado social em áreas como a saúde, a educação e a segurança social», recordou Mário Nogueira.

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«Quem trai os trabalhadores, ou melhor, quem não está a cumprir os compromissos que assumiu com os trabalhadores, pois claro, não é a CGTP», acrescentou.

Para o líder da FENPROF, «só há um caminho, que é o caminho da luta», sendo necessário «ganhar as pessoas» para a greve geral de 22 de março.

Mário Nogueira disse que «o acordo da UGT com os patrões» e com o Governo, assinado sem sede de concertação social e do qual a CGTP se demarcou, «ainda não é lei» e vai estar em discussão pública na Assembleia da República, até 19 de março.

«Enquanto pudermos, vamos resistir», afirmou, defendendo que a próxima greve geral deve «fazer valer aquela que é hoje a razão» dos trabalhadores portugueses.

No final do encontro, cerca de 100 sindicalistas integraram um desfile na Baixa, que terminou na praça 8 de Maio, durante o qual foi distribuído um documento que explica os «grandes motivos» que levaram a central liderada por Arménio Carlos a convocar uma nova greve geral.

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