A Federação Nacional dos Professores acusou o Ministério da Educação de «nunca assumir [as suas] responsabilidades» e exigiu a atribuição da cotação total de uma pergunta anulada no exame nacional de Biologia do 12º ano, escreve a agência Lusa.
«O Ministério da Educação não pode, por um erro que é cometido por si, depois vir penalizar aqueles que são menos responsáveis, neste caso, os alunos», declarou o secretério-geral da Fenprof, Mário Nogueira.
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Na quarta-feira, o Ministério da Educação (ME) decidiu anular uma pergunta que valia seis pontos da prova de Biologia da segunda fase dos exames nacionais, na qual «uma incorrecção inviabilizava a concretização de uma resposta correcta» e decidiu, à semelhança do que já tinha sucedido na prova de Física e Química A (11º ano), que a nota final alcançada pelos alunos será multiplicada por 1,309.
Desta forma, a cotação da pergunta não será igual para todos, já que um aluno que alcance uma nota final de 90 pontos passa a ter 93, mantendo os nove valores, enquanto um estudante que obtenha 180 passa para 185, ou seja, 19 valores numa escala de zero a vinte.
Mário Nogueira, o secretério-geral da Fenprof, não poupou críticas à tutela pois, segundo considerou, «errar no Ministério da Educação já não é humano, é normal».
O Ministério da Educação adoptou a mesma solução para um erro no exame nacional de Física e Química A da primeira fase, o que levou um grupo de pais a interpor uma providência cautelar no Tribunal Administrativo de Viseu, exigindo a atribuição da cotação da pergunta, oito pontos, a todos os alunos.
Num balanço dos exames nacionais, cuja segunda fase terminou esta quarta-feira, o Ministério da Educação anunciou que pretende «alargar as competências e responsabilidades do Conselho Científico do GAVE e envolver as associações de professores e sociedades científicas na auditoria das provas de exame».
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