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Alunos querem fim de exames nacionais

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Uma manifestação contra medidas «injustas» e «retrógadas». Fotos

«Exames são um muro, queremos um futuro!». Este foi um dos gritos de guerra que ecoaram na manhã desta quarta-feira frente ao Ministério da Educação, em Lisboa. Um protesto de alunos do secundário contra os exames nacionais, as aulas de substituição e o limite de vagas ao ensino superior.

Os alunos começaram a reunir-se por volta das 10h frente ao edifício do Ministério, em resposta a um apelo da Associação de Estudantes da Escola Secundária da Moita, mas algumas associações acabaram por manifestar-se à porta das respectivas escolas, o que não conduziu muitos alunos ao Ministério da Educação.

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Diana Simões, estudante da Escola Secundária Leal da Câmara, em Sintra, contou ao PortugalDiário que a questão dos exames nacionais é uma das maiores preocupações dos estudantes. «Se a avaliação é contínua, uma avaliação pontual não faz sentido nenhum», justifica.

Para Bruno Madeira, estudante do 12º ano da escola secundária Frei Gonçalo Azevedo, em Cascais, «os exames quebram por completo o processo de avaliação contínua» e são «injustos» para um aluno que sempre se aplicou nas aulas, sempre teve boas notas durante o ano lectivo e que se, por incidente, tiver uma nota mais baixa no exame nacional pode ficar com o acesso à universidade condicionado.

Contra as medidas implementadas pela ministra da Educação, os alunos do secundário defendem «a implementação da educação sexual nas escolas de forma transversal com as outras disciplinas, melhores condições materiais e humanas, mais funcionários e professores, e ainda o fim da nota mínima de 9,5 no acesso à universidade», acrescenta a estudante do 10º ano.

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Quanto às aulas de substituição, consideram-na uma medida «retrógrada» e dizem que «é uma forma do Governo escamotear a falta de investimento no ensino», refere Diana Simões, uma vez que é uma medida que «em nada serve os interesses dos alunos, que se vêem obrigados a permanecer 90 minutos numa sala, com um professor que não conhece os alunos, muito menos a matéria», remata.

Diana já teve aulas de substituição da disciplina de história com um professor de biologia, e acabou a ver filmes e a navegar na internet como matéria dada.

200 alunos no Porto

No Porto reuniram-se cerca de duas centenas de alunos, um número reduzido em comparação à adesão registada no último protesto, em Novembro de 2006, que reuniu mais de mil alunos. Na manifestação participaram alunos de escolas dos concelhos do Porto, Gaia, Valongo e Gondomar.

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