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Falta de bombeiros «vai tornar-se caótica», alertam profissionais

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Apelo ao Governo para admissão de novos elementos

A Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP) e o sindicato do setor apelaram, nesta segunda-feira, à admissão de novos bombeiros e à concretização da progressão na carreira, alertando para os riscos devido à falta de efetivos.

Numa reunião que decorreu hoje em Coimbra entre a ANBP, o Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais (SNBP) e os comandantes dos bombeiros sapadores e municipais do país, foi decidido solicitar ao Governo que sejam admitidos novos bombeiros estagiários e que haja progressão na carreira.

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«Caso contrário, a situação nos corpos de bombeiros profissionais vai tornar-se caótica. A atual falta de efetivos coloca, em alguns casos, o socorro em causa», consta num comunicado divulgado no final da reunião, citado pela Lusa.

Em declarações aos jornalistas no fim da reunião, que decorreu na Companhia de Bombeiros Sapadores de Coimbra, o presidente da ANBP, Fernando Curto, afirmou que a falta de efetivos «pode colocar, a breve trecho, a segurança numa situação bastante delicada para as maiores cidades do país».

São precisas, adiantou Fernando Curto, «algumas centenas de bombeiros em todo o país». «Na capital, deviam estar 1.100/1.200, temos 800. No Porto, faltam mais de centena e meia», avisou o responsável, segundo a Lusa.

No comunicado é defendida também a necessidade de rever, com urgência, o horário de trabalho, tendo em conta a especificidade do trabalho e disponibilidade para a prestação do socorro por parte dos bombeiros profissionais.

É preconizada ainda a revisão do financiamento do Governo às câmaras municipais que possuem bombeiros profissionais, «uma vez que os bombeiros profissionais dependem das autarquias e têm muitas dificuldades para serem contemplados com as verbas do Governo».

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Para a ANBP/SNBP, «é mais barato para o Estado um corpo de bombeiros profissionais do que uma estrutura de bombeiros voluntários, além da disponibilidade, resposta e prontidão que os profissionais garantem na sua carreira técnica» e profissional.

«É preciso rever urgentemente o financiamento às câmaras municipais que têm bombeiros profissionais e nós não estamos preocupados com a quantidade de dinheiro que temos que receber ou não, mas com uma maior reorganização financeira do setor dos bombeiros e proteção civil e, neste caso concreto, dos bombeiros profissionais», sustentou Fernando Curto.

De acordo com o presidente da ANBP, existem entre 8.000 a 10.000 bombeiros profissionais.

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