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Incêndios: videovigilância avaliada

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Sistema vai ser ponderado e ministro pode recorrer ao mecenato

O ministro do Ambiente anunciou hoje que os sistemas de videovigilância contra incêndios em áreas protegidas vão ser avaliados para testar a sua eficácia e manifestou a intenção de recorrer ao mecenato para financiar estes sistemas, escreve a Lusa.

Ouvido hoje pela Comissão Eventual de Acompanhamento e Avaliação da Política Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios, Francisco Nunes Correia admitiu que nem tudo tem corrido bem no que respeita a estes sistemas, sobretudo ao caso da Arrábida, onde as câmaras de videovigilância estiveram avariadas durante a época de incêndios, e adiantou que está a ser feito um balanço da eficácia da videovigilância.

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«Não temos a certeza de que deva ser generalizado [este sistema] a todos os parques», afirmou Nunes Correia, assumindo que o sistema de videovigilância tem extremas vulnerabilidades.

Os deputados puseram em causa a utilidade daquele sistema, lembrando que teve elevados custos de instalação (um milhão de euros), além das despesas associadas à manutenção e reparação.

O ministro admitiu que as dez câmaras de videovigilância não têm funcionado bem, mas frisou que o principal problema não é a manutenção, mas sim o vandalismo a que estão sujeitas.

«É preciso fazer um balanço da videovigilância para ver se o sistema é adequado», disse o governante, adiantando que mantém o empenho de continuar com este sistema, até agora instalado na Arrábida e no Litoral Norte (cinco câmaras de videovigilância) e que chegou a estar em fase experimental na Serra da Estrela e no Gerês.

«Estamos a considerar a possibilidade de financiar este processo através do mecenato», indicou.

Nunes Correia mostrou-se muito satisfeito com o balanço da época de incêndios deste ano, em que arderam apenas 1.800 hectares de áreas protegidas, justificando este sucesso com a «melhor articulação» entre as várias autoridades com responsabilidade no combate aos fogos.

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Menos optimistas, os deputados reconheceram a melhoria global da coordenação, mas lembraram que o balanço positivo foi favorecido pelas condições meteorológicas anormais no Verão, com baixas temperaturas e abundante precipitação.

Os deputados confrontaram ainda o ministro com a situação ocorrida no Vale do Guadiana, onde se registou o maior incêndio em áreas protegidas este ano, correspondente a mais de metade das áreas protegidas ardidas.

Reconhecendo que nem tudo correu bem, Nunes Correia adiantou que vão ser tomadas medidas no próximo ano, entre as quais a cobertura deste território com uma equipa helitransportada, colocação de mais uma torre de vigia e selecção de voluntários para a vigilância.

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