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Fogos controlados previnem áreas protegidas

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Plano de prevenção de incêndios entra em vigor nos próximos meses

A maior parte das zonas protegidas do país vão ser sujeitas, nos próximos meses, a fogos controlados de modo a prevenir o alastramento dos incêndios florestais durante o Verão, anunciou esta segunda-feira o secretário de Estado do Ambiente. A informação foi avançada pela agência Lusa.

De visita a Porto de Mós, Leiria, Humberto Rosa explicou que os fogos controlados são uma «das prioridades» do plano de prevenção de incêndios nas áreas protegidas e vários técnicos do Instituto da Conservação da Natureza (ICN) já receberam formação para trabalhos nesta área.

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A realização de fogos controlados foi uma das recomendações da comissão parlamentar de fogos até porque as experiências feitas no passado foram consideradas positivas pelos técnicos, considerou o secretário de Estado, que não quis estabelecer uma meta concreta de área ardida para este ano.

Os fogos controlados devem ter lugar no Inverno e visam a queima até 60 por cento coberto vegetal em zonas consideradas «tampão» para a progressão de incêndios em áreas mais sensíveis ou zonas habitadas.

De acordo com o responsável pela protecção civil no Parque Natural das Serras de Aires e Candeeiros (PNSAC), que esta segunda-feira fez arder uma pequena área para exemplificar esta estratégia, o fogo controlado é «a melhor forma de prevenir» os incêndios em áreas protegidas.

Conduzindo o fogo com o vento e com recurso a um lança-chamas, os bombeiros e técnicos florestais podem queimar uma área que não seja muito sensível mas que, na época mais quente, será utilizada como zona privilegiada para «estancar e reduzir» um eventual incêndio que venha a suceder, explicou Nuno Silva Marques.

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Esta segunda-feira, em Porto de Mós, teve lugar uma reunião de trabalho para preparar a próxima época de fogos entre vários responsáveis do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC) e directores de parques naturais tutelados pelo ICN.

No ano passado, os incêndios na Serra dos Candeeiros e do Gerês puseram a descoberto problemas de relacionamento entre autarquias e os serviços do ICN, que foram acusados de impedirem a construção de aceiros e caminhos para prevenção de incêndios.

Depois da polémica que se gerou, «nós investigámos se houve algum caso de algum aceiro ou acesso para fins de fogos florestais na história do ICN que tenha sido recusado e contámos zero», revelou o secretário de Estado.

No caso do ICN, em 2007, a tutela pretende aumentar a resposta da primeira intervenção, com recurso a sapadores florestais, apostando também na monitorização e recuperação de áreas ardidas.

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