Já fez LIKE no TVI Notícias?

Desmantelada rede de imigração ilegal através de casamentos falsos

Relacionados

PJ deteve 12 pessoas em Lisboa e Porto, incluindo dois funcionários públicos

A Polícia Judiciária (PJ) deteve sexta-feira, em Lisboa e no Porto, 12 indivíduos, entre os quais dois funcionários públicos, por auxílio organizado à imigração ilegal através de falsificação de documentos e de casamentos de fachada, refere a Lusa.

Em comunicado, a PJ revela que a Direcção Central de Combate ao Banditismo (DCCB), em colaboração com o Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) «procedeu à detenção de 12 indivíduos que se dedicavam de forma organizada ao auxílio à imigração ilegal em território nacional», que serão hoje sujeitos a interrogatório judicial.

PUB

Segundo o comunicado, a operação «teve por objectivo o desmantelamento de uma complexa organização, hierarquicamente muito bem definida, composta por uma cúpula de cidadãos indostânicos, que planeava e dirigia a actuação de um escalão intermédio, que executava as tarefas», sendo a «base da pirâmide composta por angariadores».

«Entre os detidos encontram-se dois funcionários colocados em locais-chave da Administração Pública, onde facilitavam a emissão de actos públicos destinados à produção de documentos com vista a favorecer a legalização e obtenção da nacionalidade de pessoas, que, de outra forma, não reuniam as condições objectivas para o conseguirem no espaço comunitário», realça o comunicado.

Empresas fictícias para emitir contratos de trabalho falsos

Segundo a PJ, a organização criava empresas fictícias ou adquiria empresas em má situação económica para «emitir contratos de trabalho falsos e outros documentos com vista a integrarem a documentação de legalização necessária ao processo de legalização» de estrangeiros que se encontravam já em território nacional.

PUB

A organização recrutava ainda pessoas em condições socioeconómicas «muito modestas» para a celebração de casamentos com cidadãos da União Europeia «que se deslocavam ao nosso país para obter de forma fraudulenta a respectiva legalização», o que lhes permitia mais tarde ter nacionalidade portuguesa.

As autoridades admitem que centenas de pessoas terão sido legalizadas em Portugal por esta organização, que cobrava pelos actos quantias que podiam ir de alguns milhares até à dezena de milhar de euros.

No decurso da operação as autoridades apreenderam «relevantes elementos de prova», nomeadamente «um acervo documental significativo e material informático, que permitiu alicerçar as suspeitas existentes no início da acção».

PUB

Relacionados

Últimas