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Maddie: queixas põem em risco as investigações

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Processo arquivado durante sete anos ressuscita e pode afastar outro investigador

O presidente da Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal da PJ considerou hoje que, num futuro próximo, corre-se o risco de não existirem inspectores suficientes para resolver os casos de polícia, devido às constantes queixas contra agentes, escreve a Lusa.

«Corremos o risco, com a fobia que existe hoje em dia de se queixarem contra os polícias, ou por agressões ou por desobediência, de qualquer dia não termos elementos na Polícia para trabalhar nos casos», disse o presidente da Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal (ASFIC), Carlos Anjos, numa alusão ao investigador Tavares de Almeida, um caso que classifica de «surreal», por reaparecer volvidos sete anos.

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Tavares de Almeida, investigador directo no caso Madeleine McCann, foi pronunciado sexta-feira pelo crime de tortura para extorsão de depoimento num caso relacionado com um alegado furto praticado por um funcionário da CP de Rio de Mouro, concelho de Sintra, enquanto estava na Direcção Central de Combate ao Banditismo (DCCB), e que havia sido arquivado pelo Ministério Público (MP).

O investigador, que pediu recentemente licença sem vencimento das funções na Judiciária, terá recorrido da decisão judicial.

O presidente da ASFIC declarou que existe para todas as pessoas o princípio da presunção da inocência, mas considera que, em determinados contextos, «parece que para a Polícia não há», frisando que Tavares de Almeida não deve ser condenado na praça pública.

«É uma situação de há sete anos, quando estava» no combate aos «assaltos à mão armada, ou seja, crime de uma violência brutal (¿). O processo foi arquivado pelo Ministério Público, sete anos depois é ressuscitado», constata Carlos Anjos.

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O inspector da Judiciária sublinha que o comportamento dos envolvidos no processo nunca foi censurado pelo MP, quer na fase de investigação, quer na fase de instrução, e recorda, por seu lado, que já teve um processo por ofensas, em que o acusaram de ter agredido uma pessoa nas instalações da Polícia, «quando na verdade estava de férias».

Questionado sobre se Tavares de Almeida deveria ter-se afastado do caso Madeleine por estar envolvido noutro processo, Carlos Anjos entende que não e recorda que o debate instrutório foi apenas sexta-feira passada e que o caso tinha sido arquivado pelo MP.

«O queixoso no caso é que não se satisfez com a decisão do MP e pediu a instrução do processo», informou Carlos Anjos, referindo que a juíza de instrução entendeu, no seu «legítimo direito», que havia matéria suficiente para levar três colegas a julgamento - dois por tortura para extorsão de depoimento e um porque terá presenciado e não fez nada para intervir.

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