O museu Armando, da localidade de Amersfoort, no centro da Holanda, dedicado ao pintor holandês do pós-guerra conhecido por se opor ao movimento vanguardista CoBrA, foi hoje destruído por um incêndio de origem desconhecida, noticia a Lusa.
Segundo fontes da pinacoteca, as chamas destruíram por completo não só os 21 quadros e uma escultura daquele pintor, escultor, cineasta, escritor e violinista contrário ao movimento CoBrA, como também quadros de outros artistas, como Albrecht Dürer (século XV) e Anselm Kiefer.
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Fundado em 1948 pelo já falecido pintor holandês Karel Appel, entre outros, o grupo artístico CoBrA, de raízes surrealistas e expressionistas que não eram entendidas na Holanda daquela época, reuniu jovens intelectuais procedentes de Copenhaga, Bruxelas e Amesterdão (sendo o nome do grupo o acrónimo das três cidades).
Nascido em Amesterdão a 18 de Setembro de 1929, Herman Dirk van Dodeweerd, que adoptou Armando como nome artístico e reside actualmente em Berlim, fundou um contra-movimento artístico chamado Grupo Holandês Informal, que era contra a pintura cheia de sentimento do grupo CoBrA e defendia uma pintura plana e sem formas.
O incêndio, que deflagrou na igreja Elleboog, na qual se situa o museu, alastrou inclusivamente a duas casas contíguas à pinacoteca e obrigou a retirar do local cerca de 60 habitantes, segundo a televisão pública NOS.
O museu, criado em Amersfoort, cidade onde Armando passou a infância, encontrava-se encerrado na altura do incêndio, pelo que não há vítimas, mas a cúpula da igreja abateu e a torre do edifício ficou muito danificada.
As chamas poderão ter tido origem nas obras de manutenção que estavam a decorrer num imóvel contíguo, indicou a estação televisiva NOS.
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