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Intermezzo: acusação «incipiente e frágil»

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O advogado dos dois franceses acusados de matarem um navegador solitário ao largo do Algarve, em Agosto de 2006, classificou esta sexta-feira a acusação do Ministério Público de «incipiente e frágil» e sublinhou que «não passa de uma tese», refere a Lusa.

«Pensava que estava ali uma obra-prima, forte e impossível de desmontar, mas, afinal, a acusação é incipiente e frágil», disse António Vilar, considerando, todavia, que não será fácil desmontá-la, devido ao facto de a defesa não ter tido acesso ao processo na fase de instrução.

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«Tudo foi feito sem a presença da defesa, portanto só vou poder contrariar a tese da acusação com base naquilo que me foi permitido», disse, revelando que está quase concluída a queixa que formalizará junto do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem devido à «inacessibilidade» ao processo.

Detidos em prisão preventiva desde 19 de Agosto de 2006 por ordem do Tribunal de Lagos, Corine Caspar e Thierry Beille são suspeitos de terem planeado e matado o navegador André Le Floch dias depois de terem embarcado no Intermezzo, a seu convite, para um passeio pela costa sul de Portugal.

António Vilar deverá visitar Corine, na prisão de Odemira, ao princípio da tarde da próxima quinta-feira, após o que visitará o seu meio-irmão, na prisão de Faro, no dia seguinte.

No mesmo dia, o causídico conta ainda consultar o processo no Tribunal de Lagos.

O Ministério Público acusou a 09 de Julho os dois franceses de homicídio qualificado, profanação e ocultação de cadáver e roubo, soube a Lusa junto de fonte ligada ao processo.

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O Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Évora considerou que Thierry Beille e a sua meia-irmã Corine Caspar mataram o navegador francês André Le Floch, a bordo do trimarã Intermezzo, com requintes de especial censurabilidade e perversidade, o que, segundo o Código Penal, configura um homicídio qualificado.

De acordo com a mesma fonte, o despacho de acusação assegura que Thierry e Corine agiram com frieza de ânimo e reflexão dos meios empregues e tentaram encobrir o próprio crime.

Os crimes de que os dois meio-irmãos, actualmente em prisão preventiva em cadeias portuguesas, são agora acusados são puníveis com uma pena de até 25 anos de cadeia.

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