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Ministra da Educação não recua

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A dois dias da «Marcha da Indignação», Maria de Lurdes Rodrigues volta a dizer que sistema de avaliação dos professores é mesmo para avançar: «O que ouço nos protestos é revelador que as pessoas não sabem do que estão a falar. «Qual é o benefício de suspender ou adiar o processo?» FNE pede «coerência» a ministra PSP identificou professores

A «Marcha da Indignação» dos professores, que se realiza neste sábado em Lisboa, não parece assustar a ministra da Educação. Em entrevista a Judite de Sousa, na RTP, Maria de Lurdes Rodrigues assegurou que não vai recuar no processo de avaliação.

«O mais importante nesta altura é o trabalho que se está a fazer nas escolas. Não se trata de indiferença ou insensibilidade, pois há problemas que preocupam a todos. Mas a questão que surge é qual é a alternativa a este processo», começou por revelar, considerando que «não se está a pedir mais aos professores do que se pede às outras pessoas».

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Sistema educativo está «completamente podre»

Professores querem «avaliação formativa e não punitiva»

«Não estou a ignorar estes protestos. Olho com preocupação, mas com segurança de que o que estamos a fazer é o melhor para o país», frisou, considerando que existe uma «manipulação»: «Isso foi evidente, pois certos partidos estão a tentar tirar dividendos da situação. Existe um certo aproveitamento político».

A ministra sabe que este sentimento dos professores «é um fenómeno que atravessa toda a sociedade», mas sente-se preparada para continuar com as suas políticas. «Recuar? O que é o recuo, suspender a avaliação? Pensa que suspender a avaliação é alternativa? Qual é o benefício de suspender ou adiar?».

E se estiverem presentes na «marcha» mais de metade dos professores? «Acha que a decisão política se toma na rua? Eu acho que não. Tenho o dever de decidir e criar condições para que as decisões sejam aplicadas», respondeu Maria de Lurdes Rodrigues, frisando: «Adiar, suspender, e o país fica suspenso? Não pode ser, não é alternativa».

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Sobre a possibilidade de demissão, Maria de Lurdes Rodrigues é taxativa: «O meu compromisso com o Sr. Primeiro-ministro é por quatro anos». Isto, tendo a certeza de «nunca ter faltado» apoio por parte do Partido Socialista.

Mal informados

Para a ministra da educação não há dúvidas: «Os professores devem informar-se junto dos conselhos executivos e pedagógicos para saberem como decorre a avaliação. Quando souberem, uma parte das críticas não terá razão de ser. O que ouço nos protestos é revelador de que as pessoas não sabem do que estão a falar. Desafio todos os sindicatos a dizerem que esta avaliação é um ataque à dignidade dos professores».

Maria de Lurdes Rodrigues, aliás, até considera que existe razão para algum descontentamento, mas não devido ao processo de avaliação. «Compreendo o descontentamento e desconforto pelo muito mais trabalho que existe nesta altura, com cada vez mais alunos. É importante dizer que podem estar desmotivados, mas continuam a fazer o seu trabalho», considerou, reiterando a ideia de que «a avaliação não é contra os professores, pois permitirá a progressão de forma honesta e transparente».

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Processo «simples»

«O modelo de avaliação é mais simples e transparente do que o da avaliação dos funcionários públicos. É um modelo exequível, que respeita as melhores práticas internacionais, que os protege, que lhes dá mais vantagens», frisou a ministra, exemplificando que um docente com classificação de «bom», nota «acessível à grande maioria dos professores» pode «progredir na carreira e ter aumentos salariais».

Questionada se, enquanto professora universitária, tencionava participar sábado na manifestação nacional de professores, em Lisboa, replicou: «Não sei responder».

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