«Metade dos professores do país» estarão na marcha da indignação marcada pelos sindicatos para o próximo sábado, disse ao PortugalDiário Manuel Grilo, da Federação Nacional dos Professores (FENPROF). O responsável adiantou que «as inscrições de professores já são suficientes para encher 600 autocarros. Se cada um levasse 50 pessoas, e a maioria leva mais, seriam 30 mil», explicou.
Estes números dizem apenas respeito a docentes que viajam de fora de Lisboa nos autocarros organizados pelos sindicatos. «Ainda há que contar com os que vêm em transporte particular e com os muitos que são da região de Lisboa, além de alguns que possam vir em autocarros alugados pelas escolas», adiantou Manuel Grilo.
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«Serão seguramente muito mais de 50 mil. Acredito que chegará a metade dos cerca de 150 mil professores que há em Portugal», disse o responsável.
«Há até uma associação sindical da zona de Viseu que já está a recorrer a autocarros espanhóis porque já não há nenhum disponível na região», disse outra fonte da Fenprof.
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Até a Fenprof, que convocou o protesto, foi surpreendida pela enorme adesão de professores. «Já estamos a informar a polícia de que o local do fim da manifestação será alterado do Rossio para o Terreiro do Paço, devido ao elevado número de pessoas», explicou Manuel Grilo.
Mas esta adesão maciça está a causar outros constrangimentos. «Os custos dos autocarros serão suportados pelos sindicatos, mas não estávamos à espera de tanta gente», explicou Manuel Grilo, que adianta que estão agora a ser estudadas algumas estratégias, «por exemplo, os professores que vão viajar fazerem um donativo de um euro, para ajudar».
Mas o responsável diz que o esforço financeiro «vale a pena». «Não é só o número de professores, é o simbolismo político. Metade dos professores na rua contra a ministra e contra o Governo. É preciso ser autista para não ver», adianta o responsável que diz ainda que «nada mais será o mesmo na educação em Portugal».
A Fenprof acredita que esta manifestação ultrapassará largamente os 25 mil professores que 5 de Outubro de 2006, encheram as ruas de Lisboa e que foi considerada a maior manifestação de sempre de professores em Portugal.
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