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Quando as urgências são um perigo para a população

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Presidente da câmara da Anadia acusa ministro da Saúde de «falsidade»

O presidente da Câmara Municipal de Anadia disse esta terça-feira que a fundamentação do despacho do ministro da Saúde que encerrou a urgência hospitalar local, entregue ao Tribunal, «é uma falsidade».

O ministro alegou existir «um perigo objectivo», frisou , Litério Marques, visivelmente irritado, durante uma conferência de imprensa convocada para reagir à fundamentação apresentada pelo Ministério da Saúde junto do Tribunal Administrativo e Fiscal de Viseu, onde a câmara de Anadia havia interposto uma providência cautelar para suspender o encerramento da urgência do Hospital.

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Invocando o interesse público, o ministro fundamentou o despacho que determinou o encerramento do serviço de urgência em Anadia alegando existir ¿ com a manutenção daquele serviço ¿ um perigo objectivo que não pode ser ignorado pela falta de condições, transmitindo uma falsa sensação de segurança às populações.

Perigo para a população? Totalmente falso!

«A fundamentação do despacho enviada ao Tribunal é falsa e toda a gente reconhece o serviço prestado no Hospital de Anadia, que, se não tivesse qualidade, não era certificado internacionalmente, e já teria sido fechado», afirmou Litério Marques, acrescentando que o ministro alegou que as urgências representavam um «perigo para a população», o que «é totalmente falso».

O presidente da Câmara acusa o ministro da Saúde, Correia de Campos, de dar «a falsa imagem de um hospital degradado e sem meios» na fundamentação apresentada e rebate: «Temos em Anadia 150 profissionais com curso avançado de suporte de vida e equipamentos de topo que custaram milhões de euros».

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Substituir as urgências por uma ambulância

Para Litério Marques, Correia de Campos «perdeu uma oportunidade para suspender a decisão e voltar atrás, mas preferiu invocar razões inadmissíveis» e garante que «Anadia vai continuar a lutar sem prazo pela reabertura da urgência». O que o Ministério da Saúde «fez foi substituir as urgências por uma ambulância», o que é «inadmissível».

Litério Marques relatou ainda as dificuldades da Câmara para poder avançar com a providência cautelar, já que necessitava do despacho de 20 de Dezembro do ministro, que «só foi enviado dia 27, depois de muita pressão».

«Os nossos serviços jurídicos, mesmo assim, conseguiram e o Tribunal Administrativo e Fiscal de Viseu admitiu-a logo no dia 30, um domingo à noite, reconhecendo a sua urgência», elogiou o autarca.

«Não é por sermos do PSD que estamos aqui»

«Não estou a fazer política partidária contra o ministro. Eu quero lá o ministro e o governo, porque, para mim, a estabilidade governativa é essencial ao país, e não é por sermos do PSD que estamos aqui. Estamos todos juntos nesta luta justa, sem constrangimentos partidários, incluindo os vereadores e deputados municipais do PS, porque Anadia não troca o que tem bom pelo incerto».

Por critérios político-partidários, acusou o autarca, é que terá sido decidido fechar a urgência de Anadia e manter a de Águeda (cuja Câmara é PS) em idênticas condições.

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