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Vítima de rapto e agressões não identifica Mário Machado em tribunal

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Pedro Nogueira afirmou que apenas identificou os arguidos quando foi confrontado com fotos pela PJ

Uma vítima de rapto, agressões e roubo não identificou esta quarta-feira em tribunal como autores dos crimes Mário Machado e outros arguidos do processo, em que o alegado grupo liderado pelo dirigente da Frente Nacional está a ser julgado também por associação criminosa.

Pedro Nogueira afirmou na 1.ª Vara de Competência Mista do Tribunal de Loures que apenas identificou Mário Machado e outros dois arguidos na altura em que foi confrontado pela Polícia Judiciária com uma foto para reconhecimento, tempo depois de ter sido abandonado na serra de Sintra a 27 de Fevereiro de 2009, adianta a Lusa.

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Após ter sido alvo de repetidas agressões, durante «quase três horas», a vítima participou às autoridades policiais ter sido alvo da violência de «de pessoas de cabelo rapado e encorpados», apresentando queixa «contra desconhecidos».

Como sublinhou a vítima no depoimento em tribunal, na foto figuravam Mário Machado e outros dois indivíduos que a PJ supôs terem estado associados ao rapto, às agressões e ao roubo, após o qual foi apresentado a Pedro Nogueira outro registo fotográfico supostamente com o arguido Bruno Ramos.

A vítima disse aos agentes ter reconhecido Bruno Ramos, que, após autorizado pelo colectivo de juízes para depor, recusou hoje estar associado aos factos, dado que não foi reconhecido em tribunal por Pedro Nogueira e suscitou dúvidas sobre a sua identificação na foto exibida na PJ.

Isaltina Coutinho, advogada do arguido, que, à altura dos factos, estava em liberdade há sete dias após ter cumprido pena de sete anos de prisão no âmbito de outro processo, interpôs um requerimento ao tribunal para alterar a medida de coacção de prisão preventiva para termo de identidade e residência, com apresentação diária às autoridades policiais.

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A mandatária de Bruno Ramos, detido preventivamente há um ano e meio, fundamentou o requerimento com a ausência de identificação por parte de Pedro Nogueira.

Nuno da Silva, outro arguido, também foi autorizado a depor e insurgiu-se de forma veemente, considerando que «foi má fé da PJ» o ter envolvido, incluindo-o em situações em que não esteve, como acentuou.

O arguido acusou mesmo Ricardo Bonito, outra das vítimas, de ter mentido em tribunal, ao dizer que, num encontro com ele e Mário Machado, «entregou uma arma» e a «manuseou no meio da rua».

«Ricardo Bonito tem pés de barro e é facilmente manipulável, neste caso por inspectores da PJ. Só pode ter sido pressionado pela PJ», afirmou Nuno da Silva.

A próxima audiência está marcada para 17 de Junho, com sessões programadas para as 9:30 e 14:30.

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