O secretário de Estado do Ambiente defendeu, esta terça-feira, que a actual crise económica e financeira pode ser uma oportunidade para o Estado e as empresas empreenderem uma reforma no sentido do desenvolvimento ecológico, adianta a Lusa.
Humberto Rosa, que falava em Lisboa na conferência «Desafios Pós-Copenhaga», referiu que, para as empresas, a redução das emissões de gases com efeito de estufa é um elemento importante de concorrência, embora a crise económica implique dificuldades e a necessidade de seguir mais critérios nos investimentos.
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«Tenho a convicção de que as empresas mantêm os investimentos nas áreas eficientes e com menos emissões» e que «rendem» com o tempo, afirmou.
Estão em curso «várias crises, económica, financeira, climática, da perda de biodiversidade. Podemos aproveitar as crises para uma reforma mais verde» até para evitar problemas futuros, realçou Humberto Rosa.
O secretário-geral do BCSD Portugal, uma das entidades que organizou a conferência, referiu que «é fundamental para as empresas a definição clara e estável das políticas» na área ambiental.
É igualmente importante que se proceda a «um nivelamento de regras», defendeu Luís Rochartre, explicando que há sectores que estão obrigados a determinadas normas e outros não, assim como há regiões que têm de cumprir certas regras e outras não, criando desequilíbrio.
O secretário de Estado do Ambiente recordou que Portugal tem vindo a reduzir as emissões de gases com efeito de estufa por unidade de riqueza criada.
O governante mostrou-se convicto de que «vai haver um novo acordo climático no futuro», o que, aliás, é do interesse de todos, mas reconheceu as dificuldades subjacentes ao encontro de Cancún, marcado para final de Novembro, que se segue à cimeira de Copenhaga.
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