Os restos fossilizados de um tubarão de dez metros de comprimento foram encontrados por cientistas americanos no Estado do Kansas, adianta a BBC.
Os investigadores desenterraram um pedaço do osso da mandíbula, dentes e escamas do tubarão que teria vivido há cerca de 89 milhões de anos. Paleontologistas já sabiam da existência do predador, mas a descoberta sugere que ele era muito maior do que o previsto anteriormente.
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Este tubarão, o Ptychodus mortoni, era grande, feroz, e alimentava-se de carne. O predador pode ter sido o maior animal consumidor de moluscos que já habitou a Terra.
Kenshu Shimada, da Universidade DePaul, de Chicago, encontrou os fósseis e afirmou que o pedaço do osso da mandíbula é gigantesco.
«Apesar de representar apenas uma parte do corpo do tubarão, os fragmentos do osso da mandíbula são gigantescos. Estima-se que o comprimento da mandíbula era de quase um metro e isso sugere que tubarão poderia chegar pelo menos aos dez metros de comprimento», declarou o cientista.
Tubarão lixa
Devido à falta de um esqueleto completo, é difícil visualizar a aparência do tubarão. Contudo, Shimada suspeita que o corpo do predador era muito parecido com o corpo do tubarão-lixa, com uma cabeça larga e arredondada e o corpo robusto.
No entanto, os dentes e o estilo de vida do tubarão pré-histórico são muito diferentes do tubarão moderno.
Centenas de dentes fortes alinhados nas partes de baixo e de cima da boca do tubarão pré-histórico permitiam que o predador fosse capaz de esmagar moluscos.
«Isto sugere que o P. mortoni provavelmente era um tubarão que vivia no fundo do mar, vagaroso, em vez de ser um nadador rápido e ágil», afirmou o cientista.
Questionado sobre o tamanho do animal, o investigador referiu que «os recursos alimentares devem ter sido abundantes no ecossistema marinho para alimentar estes organismos tão grandes».
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