Apito: «Pinto da Costa nunca entrou na minha casa» - TVI

Apito: «Pinto da Costa nunca entrou na minha casa»

  • Portugal Diário
  • 15 dez 2006, 16:52

Juiz desmente ter ajudado presidente do FCP a escapar à PJ

O juiz António Mortágua desmentiu esta sexta-feira ter permitido que o presidente do FC Porto utilizasse uma residência sua no Minho, quando era procurado pelas autoridades no âmbito do caso Apito Dourado, como refere o livro de Carolina Salgado.

«Nunca me disponibilizei para uma coisa dessas. Não tenho nenhuma residência, directa ou indirecta, em Vila Nova Cerveira. Todos sabem que vivo em Santa Maria da Feira. Só tenho uma pequena residência de férias em Furadouro, que é a 10 quilómetros», avançou António Mortágua, em declarações à Rádio Renascença, confrontado com uma passagem do livro «Eu, Carolina», publicado recentemente pela ex-companheira de Pinto da Costa, escreve a Lusa.

Como tal, de acordo com o também presidente do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Pinto da Costa não poderia ter pernoitado na sua casa do Minho, uma vez que não a possui.

Não desmentindo o facto de ser amigo do presidente dos «dragões» e, considerando até que as pessoas podem pensar ser um «facto insólito», António Mortágua sublinhou que Pinto da Costa nunca entrou na sua casa.

«Não se trata de uma questão de amizade. Pinto da Costa nunca pernoitou ou entrou na minha casa, apesar de ser uma pessoa que considero muito. Se calhar é insólito, mas nunca entrou», afirmou.

O juiz-conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça mostrou-se incomodado com a referência à sua pessoa no livro de Carolina Salgado, mas acredita que a mesma não teve intenção de o prejudicar ao fazê-lo.

«Penso que por parte de quem escreveu não tinha vontade de me prejudicar. Se houver desenvolvimentos, terei de agir em conformidade. Mas pela minha parte as coisas estão esclarecidas», adiantou.

Em vésperas do início da instrução do processo «Apito Dourado», Carolina Salgado publicou um livro em que denuncia alegadas situações de corrupção desportiva, evasão fiscal, violação do segredo de justiça, agressões, perjúrio e fuga à justiça.
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