«Uma vergonha e um escândalo». É assim que o secretário-geral da CGTP classifica a comparação entre a Autoeuropa com o fecho da Opel na Azambuja, referindo-se às declarações do ministro da Economia, proferidas ontem.
Carvalho da Silva afirmou que a saída da Opel de Portugal não estava relacionada com as remunerações do trabalho já que o grupo foi instalar-se em Espanha com salários mais altos.
O sindicalista estranhou ainda que não se fale de outros custos da produção da unidade da Autoeuropa, onde somente cerca de cinco por cento corresponde a salários dos trabalhadores.
Por outro lado, «é vergonhosa a posição do ministro da Economia: não tem um ponto de vista estratégico e social».
A propósito da Autoeuropa, onde Carvalho da Silva elogia o trabalho da comissão de trabalhadores, as criticas estendem-se aos empresários, tendo o secretário-geral da CGTP apontado o exemplo das declarações recentes de Belmiro de Azevedo.
Belmiro critica exigências de trabalhadores da Autoeuropa
O líder sindical frisou que só se fala do custo dos trabalhadores e nunca se refere o resto, ou seja, os custos com banca, telecomunicações ou energia.
«Não interessa reduzir custos em áreas como as telecomunicações ou energia porque eles [os empresários] também são accionistas destes sectores e ganham com isso». Por isso, «há que sacrificar os trabalhadores».
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Comparar Autoeuropa à Opel é um «escândalo»
- Redação
- JF
- 22 mai 2009, 14:08
![Eos na Autoeuropa](https://img.iol.pt/image/id/9748327/1024.jpg)
Carvalho da Silva critica ministro da Economia e Belmiro de Azevedo, que acusa trabalhadores de não quererem trabalhar ao sábado
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