Biocombustiveis: Francisco Louçã critica produção de cereais - TVI

Biocombustiveis: Francisco Louçã critica produção de cereais

Francisco Louçã

«São os pobres os mais atingidos por esta injustiça», garantiu o líder do Bloco de esquerda

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O líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, considerou esta terça-feira a situação dos biocombustíveis como «um disparate completo», escreve a agência Lusa.

Louçã defendeu o fim da utilização de terras aráveis para cultivo de cereais destinados à produção daquele tipo de combustíveis.

«É nesse sentido a proposta do Bloco de Esquerda, acabar com a utilização de terras que são necessárias para a produção de cereais (para alimentação)», afirmou Francisco Louçã.

Produção de biocombustíveis congelada

Bolívia culpa biocombustíveis pela crise alimentar

Segundo o líder do Bloco de Esquerda, a actual situação está na origem do aumento dos preços dos cereais.

«São os pobres os mais atingidos por esta injustiça», frisou.

«Oxalá fossem mais utilizados para evitar o consumo de combustíveis fósseis»

Nas declarações que prestou esta terça-feira aos jornalistas no Porto, Francisco Louçã criticou ainda a multa imposta pelas autoridades a uma autarquia que utilizava biocombustível para abastecer as suas viaturas.

«Foi imposta uma multa pela utilização de bons biocombustíveis, que resultam da reciclagem de óleo. Oxalá fossem mais utilizados para evitar o consumo de combustíveis fósseis», afirmou.

A União Europeia fixou uma meta de 10 por cento de utilização de biocombustíveis até 2020, mas o governo português está a equacionar antecipar este objectivo, o que foi criticado pelo Bloco de Esquerda.

Nesse sentido, o BE apresentou uma proposta no Parlamento, onde também entregou um projecto de resolução, que recomenda ao governo que interceda na União Europeia para que seja abandonada a meta de 2020.

As Nações Unidas decidiram criar esta terça-feira uma célula de crise para responder aos problemas alimentares mundiais causados pela subida dos preços, apontando os subsídios aos biocombustíveis como uma das causas para a actual situação.
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