Esta é a estimativa da Associação Nacional de Revendedores de Combustível (ANAREC) para o ano de 2007, com base num inquérito feito aos seus associados.
A associação estima que cada fuga represente, em média, 30 litros de combustível que não são pagos. Feitas as contas, no final do ano, as gasolineiras vão ter prejuízos a rondar 1,5 milhões de euros, refere o «Correio da Manhã».
A associação calcula que se atinjam, em concreto, as 40 542 fugas, número que representa um aumento de 20% relativamente a 2006 (30 975 fugas) e de 73% sobre 2005 (24 435 casos).
«É uma catástrofe», admite ao CM o presidente da ANAREC, Augusto Cymbron: «Os números têm aumentado todos os anos e não há muito que possamos fazer para combater este fenómeno».
O responsável revela que, nos últimos dois anos, «encerraram 144 postos de abastecimento». E mais devem seguir o caminho.
«Para que se tenha uma ideia», continua o presidente da ANAREC, «um posto de abastecimento tem de vender 4 mil litros para compensar as perdas com as fugas de condutores que não pagam».
Lisboa prejudicada
A zona mais afectada pelo fenómeno é Lisboa, onde, com base no mesmo inquérito, este ano vão ocorrer cerca de 22 500 fugas (perto de metade do total nacional). E é também em Lisboa que se situam três dos seis postos mais atingidos pelo flagelo. No top há ainda uma bomba de gasolina do Porto, uma de Santarém e uma de Setúbal.
«O triste campeão deste campeonato tem, em média, 1,3 fugas por dia», admite Augusto Cymbon, referindo-se ao posto mais afectado. «É em Lisboa, mas as petrolíferas não deixam que identifique», acrescenta o presidente da ANAREC.
O silêncio é imposto, pois as grandes marcas temem «que seja um pau de dois bicos», explica Augusto Cymbron. «Por um lado, a divulgação alerta para o problema mas, por outro, pode levar outras pessoas a fazerem o mesmo por pensarem que é fácil».
Mais de 40 mil põem gasolina sem pagar
- Redação
- CPS
- 31 out 2007, 09:18
Mais de 40 mil pessoas abastecem as viaturas sem pagar.
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