O actual abrandamento económico está a limitar maiores subidas dos preços do petróleo, avançou o analista da Lisbon Brokers, John dos Santos, à Agência Financeira.
«Este ano espera-se alguma estabilização nos preços do crude, que se devem manter na ordem dos 35 a 45 dólares por barril. Estas serão as cotações normais em alturas de depressão. Além disso, a subida dos preços está, de certa forma, a ser limitada pelo abrandamento económico», revelou.
John dos Santos disse ainda à AF que mesmo havendo cortes na produção não temos assistido a grandes reacções e que hoje as cotações estão a valorizar numa reacção às declarações do ministro do Petróleo da Arábia Saudita, Ali al-Maimi.
«A OPEP anunciou recentemente uma redução de oferta que não tem tido grande impacto no preço. A situação no Médio Oriente acabou por ajudar a sustentar uma subida dos preços na semana passada. Hoje os preços do petróleo estão a valorizar numa reacção ao anunciado pela Arábia Saudita», que revelou que a produção actual é de oito milhões de barris diários, valor que é inferior à quota de 8,051 milhões de barris determinada na reunião de Dezembro.
Chávez apoia cortes
A matéria-prima está também a ser impulsionada pela perspectiva de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) venha a efectuar um novo corte na produção.
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, já veio mostrar o seu apoio a este corte, garantindo que serve «para preservar os preços do ouro negro».
Em Nova Iorque, o crude de entrega para Janeiro soma 1,06 dólares para os 38,84 dólares por barril.
Já em Londres, o Brent do Mar do Norte, crude de referência para a Europa, avança 0,64 dólares para os 48,08 dólares por barril.
![Abrandamento económico «limita maiores subidas» do petróleo - TVI Abrandamento económico «limita maiores subidas» do petróleo - TVI](https://img.iol.pt/image/id/10123859/400.jpg)
Abrandamento económico «limita maiores subidas» do petróleo
- Carla Pinto Silva
- 14 jan 2009, 12:25
![Petróleo (arquivo)](https://img.iol.pt/image/id/10123859/1024.jpg)
Crude deverá manter-se entre os 35 a 45 dólares
Continue a ler esta notícia