[NOTÍCIA ACTUALIZADA ÀS 14:50]
«O salvamento de bancos não é contestável». O presidente da CMVM afirmou esta quarta-feira, no Parlamento, que só «dificilmente se pode contestar [o salvamento] dado os efeitos que teria na economia» se a opção fosse outra.
Carlos Tavares, presidente da CMVM, que foi ouvido esta quarta-feira na Comissão de Orçamento e Finanças, numa ronda de audições dos supervisores do mercado financeiro e sucede, na audição, ao governador do Banco de Portugal.
A analisar a crise financeira que se abateu sobre o país, Carlos Tavares acredita que ao salvar os bancos «os efeitos são ao nível da dívida pública e o risco moral.»
Para Carlos Tavares o que pode ser questionável é «a forma de fazer esse salvamento».
Como exemplo, apelou ao caso do modelo sueco na década de 1990, que permitiu a criação de uma entidade que realizou uma avaliação das perdas e depois injectou capital pela subscrição de acções.
Carlos Tavares lembrou inclusivamente que a Suécia não tem sido muito falada ao nível dos problemas financeiros.
«Envolvimento da CMVM no caso BPP deveria ter sido mais precoce»
Carlos Tavares admitiu que o envolvimento da Comissão de Mercados e Valores Mobiliários no caso BPP «deveria ter sido mais precoce». E acrescenta: «As coisas podiam ter corrido melhor».
O presidente da CMVM lembrou que o Banco de Portugal tem «uma responsabilidade no caso [do BPP] por se tratar de um banco», mas assegurou que a «CMVM também», uma vez que se trata de um banco com uma área de gestão de património.
Já aos jornalistas, Carlos Tavares disse que há o dever de defender os investidores e sublinhou que a rusga efectuada esta terça-feira à sede do BPP contou com dois peritos.
«Salvamento de bancos não é contestável»
- Rui Pedro Vieira
- 28 jan 2009, 11:57
«Envolvimento da CMVM no caso BPP deveria ter sido mais precoce», admite presidente da comissão
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