O que comer em época de exames

Esta segunda-feira, cerca de 280 mil estudantes do 9.º, 11.º e 12.º anos entram em época de exames. Dias a estudar pode não ser o suficiente: é preciso a alimentação correcta para pôr o cérebro a funcionar. O Público falou com especialistas que apontam o caminho alternativo aos disparates que os alunos costuma fazer. Directas, cafés, estudar a caminho da prova ou comer à pressa são alguns dos erros que o cérebro considera verdadeiros atentados e pode não perdoar na altura crucial do exame.

Os especialistas com quem o Público falou explicam por que é que algumas coisas podem fazer bem e outras fazem tão mal. «Somos o que comemos» e uma «alimentação saudável melhora significativamente o rendimento intelectual», afirma Eduarda Alves, dietista no Hospital São Francisco Xavier e mentora do site www.nutricaoedietetica.com, que elaborou uma dieta própria para os alunos em exame.

É fundamental uma alimentação rica «em ácidos gordos Ómega 3». Quem não a faz «corre um risco maior de ter dificuldades de memória, raciocínio e aprendizagem», diz a especialista. Aqueles ácidos tornam mais fluidas «as membrana celulares, contribuindo para melhorar as sinapses entre os neurónios». Os peixes gordos, ricos nestas substâncias, deveriam ser consumidos, no mínimo, cinco vezes por semana. Também as algas são ricas em Ómega 3.

O pequeno-almoço é sagrado para o cérebro ter energia para pensar, mas nesta refeição os açúcares simples e refinados são proibidos porque são absorvidos muito depressa pela corrente sanguínea, provocando um desequilíbrio químico que irá afectar duas capacidades cognitivas essenciais em alturas de avaliação: a memória e a concentração.