Moçambique: ONG portuguesa prepara intervenção

A organização não-governamental portuguesa Médicos do Mundo - Portugal (MdM-P) vai participar nas acções de apoio às populações do centro de Moçambique, vítimas das cheias do rio Zambeze, anunciou hoje aquela ONG em comunicado.

De acordo com a Lusa, a missão terá a duração de três a quatro meses e, numa primeira fase, será realizada pelos elementos que os MdM-P mantêm actualmente no terreno, em parceria com a ONG local Trimoder, com a possibilidade, se necessário, de reforçar a equipa com mais médicos e enfermeiros.

Os MdM-P são membros do Fundo Central de Resposta de Emergência (CERF, no acrónimo em inglês), das Nações Unidas, integrado no grupo da área da saúde, que é coordenado pela Organização Mundial de Saúde.

A intervenção da ONG portuguesa será feita em coordenação com as restantes organizações que integram o CERF e incidirá em áreas prioritárias como vigilância epidemiológica, tratamento de malárias e diarreias, vacinação contra sarampo e possivelmente meningite, tratamento de água e distribuição de redes mosquiteiras e pulverizações, lê-se no comunicado.

A preparação de material informativo para promoção de cuidados básicos de saúde e a formação de pessoal técnico e activistas comunitários completam as restantes áreas de actuação.

Os MdM-P estão desde 2000 em Moçambique, onde iniciou um programa de prevenção e combate do HIV/SIDA nos distritos da Namaacha e Matola, Sul do país.

O projecto que a ONG portuguesa leva actualmente a cabo em Sofala, centro do país e onde se verificam as piores cheias, em que presta cuidados domiciliários a pessoas com HIV/SIDA, será temporariamente afectado devido à missão de emergência em que vai intervir.

Segundo o Instituto Nacional de Gestão de Catástrofes (INGC), de Moçambique, as actuais cheias poderão vir a afectar 285 mil pessoas.