Tua: equipa luso-espanhola avalia situação

Uma equipa de trabalho luso-espanhola foi constituída para acompanhar a evolução das operações de buscas para tentar encontrar os dois corpos desaparecidos no acidente ferroviário no Tua, anunciou esta quinta-feira o governador civil de Bragança, Jorge Gomes, refere a Lusa.

Jorge Gomes adiantou que a equipa é constituída por elementos da Protecção Civil portuguesa e espanhola, que vão trocar informações sobre a evolução das buscas.

«O objectivo é estar tudo em alerta e montado para não haver efeito surpresa se os corpos desaparecidos passarem a foz do Douro», acrescentou.

A Protecção Civil concentrou esta manhã as buscas dos dois desaparecidos junto à foz do rio Tua com o Douro, onde os mergulhadores dos fuzileiros efectuaram vários mergulhos.

As atenções estão concentradas numa batelão que há vários anos afundou na foz do rio Tua, que está junto à margem direita do rio. Os cães da GNR deram um alerta naquela zona, mas até ao momento ainda nada não foi encontrado, adiantou Jorge Gomes.

Durante a tarde, os mergulhadores vão tentar averiguar dentro do barco, mas a corrente forte do rio está a dificultar-lhes o trabalho. Entretanto, as buscas continuam pelas margens do rio Tua e do rio Douro.

Na quinta-feira, três mergulhadores dos Fuzileiros fizeram buscas junto à barragem do Bagaúste, no concelho da Régua, mas também sem resultados.

A possibilidade de ali encontrar um corpo é muito remota e, por isso, não deverão ser realizadas buscas hoje naquele local, adiantou o governador civil.

No entanto, existe uma possibilidade ínfima dos corpos terem transposto a barragem, pelo que se está a estudar uma intervenção na barragem de Carrapatelo, avançou Jorge Gomes. Até à Foz do Douro, há três barragens: Bagaúste, Carrapatelo e Crestuma-Lever.

O Movimento Cívico pela Linha do Tua reclamou hoje um inquérito célere às causas do acidente com a composição que caiu segunda-feira ao rio, matando o revisor e fazendo dois feridos, além de duas pessoas desaparecidas.