Tua: organizações de trabalhadores pedem inquérito - TVI

Tua: organizações de trabalhadores pedem inquérito

  • Portugal Diário
  • 15 fev 2007, 15:35
Buscas no Tua (foto Pedro Sarmento Costa/Lusa)

Trabalhadores receiam que a linha seja desactivada na sequência do acidente

Representantes de trabalhadores ferroviários exigiram hoje um rigoroso inquérito sobre o acidente na Linha do Tua e a divulgação pública das conclusões, além de medidas para a manutenção da linha em pleno funcionamento, informa a agência Lusa.

Numa moção, aprovada por delegados sindicais e membros de comissões de trabalhadores do sector ferroviário, reunidos na passada quarta-feira em Lisboa, são exigidas condições de segurança e comboios adequados às características da via onde segunda-feira uma composição do Metro de Mirandela caiu ao rio.

«Sem querer apressar conclusões, o certo é que este acidente se deu numa linha que tem sido votada ao abandono, numa lógica de desactivação das linhas ferroviárias do interior do país e na qual opera material circulante inadequado para as características da via», lê-se no documento subscrito pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário, Comissão de Trabalhadores da CP e Comissão de Trabalhadores da EMEF.

Os trabalhadores receiam que a linha venha a ser desactivada na sequência do acidente e defendem o desenvolvimento destas linhas no âmbito de uma política de desenvolvimento harmonioso do país.

As organizações de trabalhadores afirmam-se consternadas com as notícias do acidente e manifestam o «mais profundo pesar» pela morte de três ferroviários.

O Movimento Cívico pela Linha do Tua reclamou hoje um inquérito célere às causas do acidente com a composição que caiu segunda-feira ao rio, matando o revisor e deixando duas pessoas feridas, além de dois funcionários ferroviários desaparecidos.

Também este movimento pede melhorias ao nível da manutenção e acessos junto àquela via-férrea, com 58 quilómetros de exploração e a única no distrito de Bragança.

As equipas de busca que procuram os dois desaparecidos regressaram ao terreno hoje às 07:30, com mais de 70 elementos espalhados pelos cursos do Tua e do Douro.

Entretanto, uma equipa de trabalho luso-espanhola foi constituída para acompanhar a evolução das operações de busca, anunciou o governador civil de Bragança, Jorge Gomes.
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